Polícia prende homem que vendia identidades e carteiras de motorista falsas, em Águas Lindas de Goiás

17 outubro 2025 às 15h25

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A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (16), a “Operação Identidade Sombria”, que resultou na prisão de um homem de 56 anos acusado de falsificar documentos. A ação foi conduzida pela Seção de Investigações Gerais da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, e cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Águas Lindas de Goiás, onde o suspeito morava.
Na casa do homem, os policiais encontraram dezenas de espelhos em branco de CNHs, carteiras de identidade e CPFs, além de equipamentos usados na falsificação e um HD com matrizes digitais criadas no programa Corel Draw. Segundo as investigações, cada documento era vendido por cerca de R$ 3 mil. Um caderno com anotações e listas de encomendas também foi apreendido, o que permitirá identificar os compradores — que, segundo a polícia, também responderão criminalmente.
As investigações começaram após a prisão em flagrante de um homem que portava uma carteira de habilitação falsificada. A partir desse caso, os agentes da 6ª DP rastrearam a origem do documento e chegaram ao falsificador, conhecido como “Carioca”, considerado de alta periculosidade.
De acordo com a Polícia Civil, o investigado já respondia a quatro processos no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal, todos pelos crimes de falsificação de documentos e estelionato. O processo no DF estava suspenso, pois ele estava foragido. Para se esconder, o falsário utilizava documentos falsos em nome de outras pessoas.
Com o novo flagrante e a apreensão de dezenas de documentos adulterados, ele poderá responder por cada falsificação individualmente, o que pode aumentar sua pena.
A corporação reforça que usar documento falso também é crime, mesmo quando não há tentativa de aplicar golpes. “A falsificação de documentos é uma das engrenagens do crime organizado. É importante combater quem lucra com a destruição da confiança nas instituições públicas”, destacou o delegado responsável pela operação.