Após a divulgação de um vídeo nas redes sociais denunciando a existência de rachaduras em uma ponte na BR-040, próxima ao bairro Rio Branco, o caso ganhou grande repercussão. O fato chamou mais ainda a atenção por conta do recente desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, que liga os estados do Tocantins e Maranhão. Apesar da estrutura em Valparaíso não ter sofrido ruptura, o paralelo entre ambos os episódios se torna inevitável.

No local, passam cerca de 100 mil veículos diariamente, sendo uma via essencial para o tráfego no Entorno Sul. Para evitar danos maiores e garantir a segurança dos motoristas e pedestres que utilizam a ponte regularmente, a Prefeitura de Valparaíso está avaliando as condições da construção, para definir as próximas ações.

Danos no pavimento

De acordo com o prefeito de Valparaíso, Marcus Vinicius (MDB), “a equipe de engenharia da Secretaria de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos tem acompanhado de perto a situação da ponte desde agosto de 2024”. O gestor explicou ainda que, na manhã de hoje, foi realizada uma vistoria técnica no local. “Nos próximos dias teremos uma reunião com os responsáveis do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), para discutir as intervenções necessárias”, informou.

Ele frisou, ainda, que a Secretaria de Infraestrutura de Valparaíso já havia notificado o órgão há alguns meses sobre a situação. “Vamos formalizar novamente a solicitação”, pontuou. E acrescentou: “Aguardamos a visita técnica do DNIT para realizar uma avaliação mais detalhada, com laudos estruturais, mas, durante a análise de hoje, não foi constatado dano estrutural, apenas danos no pavimento”.

Sensação de trepidação

O administrador de empresas Gledson de Oliveira, morador de Valparaíso, passa diariamente sobre a ponte e, segundo ele, há uma sensação de trepidação apenas quando veículos de carga passam ao lado de seu veículo. “A estrutura aparenta estar estável para veículos leves, mas, quando estou dirigindo meu carro e fico próximo aos caminhões, percebo uma trepidação que não acontece em outros trechos da rodovia”, observa. E conclui: “Isso me preocupa porque, embora não seja algo constante, pode indicar que a ponte precisa de avaliação técnica, para garantir a segurança de todos que passam por ela”.

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