O anúncio foi feito pelo presidente Lula e pelo ministro da Educação, Camilo Santana, durante reunião com reitores de universidades e institutos federais no Palácio do Planalto. Cidade Ocidental contará com um novo campus da Universidade Federal de Goiás (UFG), um sonho antigo da população da região.

“O Novo PAC destina a maioria dos recursos para consolidação das universidades federais, a partir de um diálogo com seus dirigentes, com prioridade para instituições que foram criadas sem a infraestrutura necessária para garantir a qualidade da formação dos estudantes”, afirmou o ministro.

O ministro Camilo Santana destacou que a prioridade é para instituições que foram criadas sem a infraestrutura necessária

Para o prefeito Fábio Correa (PP), a implantação do polo da UFG é um sonho antigo. “O governo federal é a peça fundamental neste processo. São mais de 20 anos de espera para que nossa cidade recebesse um polo da UFG. Nossa gestão trabalhou com afinco, juntamente com o senador Wilder Morais (PL), os deputados Rubens Otoni (PT) e Lêda Borges (PSDB) para destravar o andamento do projeto. E somente com nossa qualificação em transparência e controle fiscal conseguimos assegurar esse polo no planejamento do PAC da Educação”, destaca o gestor.

Fábio Correa: “São mais de 20 anos de espera para que nossa cidade recebesse um polo da UFG”. Foto: Divulgação

Fábio ressalta a importância da proposta para o crescimento da região. “Nosso município passará a ser uma cidade universitária. Isso impulsiona o desenvolvimento e cria o interesse industrial pela mão de obra qualificada que se formará aqui, além de novos comércios, hotéis, novas estruturas e, com isso, o avanço do crescimento econômico e social”, finalizou o prefeito.

Consolidação da UFG

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, esteve presente na reunião e expressou a importância do novo campus para a instituição. “A expansão da UFG para o Entorno de Goiás é uma pactuação que começou ainda no governo da presidente Dilma. O reitor, à época, era o professor Edward Madureira, e continuou na gestão do professor Orlando Amaral. Então, para a UFG, a expansão da instituição atende aos critérios, principalmente por ser uma região com uma juventude que precisa de formação profissional, mas que, para fazer ensino superior, tem que sair da cidade”, explicou.

Na avaliação da reitora, a extensão da universidade traz impactos positivos no desenvolvimento local e regional. “O nosso pleito foi atendido pelo MEC seguindo os critérios estabelecidos. Primeiro, para atender aos vazios educacionais de ensino superior; depois, para atender ao critério de interiorização do ensino superior, e que tivesse um impacto no desenvolvimento da região, não só no município”, frisou.

Angelita Pereira de Lima: “A expansão da instituição atende aos critérios, principalmente por ser uma região com uma juventude que precisa de formação profissional”

Ainda, de acordo com ela, espera-se que o campus da Cidade Ocidental, assim como os outros nove, alcance resultados nos seguintes aspectos: formação, acesso da juventude e população ao ensino superior, formação profissional de qualidade, fixação da população e atrativo para que as pessoas ali permaneçam.

“Desde o início da nossa gestão, que teve início em janeiro de 2022, nós temos tido contato com a gestão municipal de Cidade Ocidental para estabelecer as parcerias necessárias, a fim de que, quando viesse o PAC, ou quando viesse a autorização para a expansão, nós já tivéssemos apoios. Então, já temos uma área doada pela Empresa Sul Americana de Montagens (Emsa) para a construção do prédio. E o programa destinará R$ 60 milhões para a infraestrutura de cada instituição”, destacou Angelita.

Cursos de pós-graduação

A previsão é garantir que todos os campi ofereçam seis cursos, cada, para 2.800 estudantes de regiões com baixa cobertura de matrículas públicas na educação superior. A ampliação vai resultar em 28 mil novas vagas aos educandos de graduação. As cidades contempladas são: Cidade Ocidental (GO), São Gabriel da Cachoeira (AM), Rurópolis (PA), Caxias do Sul (RS), Ipatinga (MG), Jequié (BA), Baturité (CE), São José do Rio Preto (SP), Sertânia (PE) e Estância (SE). “Estamos aguardando a sinalização do MEC sobre a quantidade de vagas que serão criadas para a implantação desse campus”, ressaltou a reitora.

Enquanto a estrutura não fica pronta, a reitoria da UFG assinou, em abril deste ano, um Protocolo de Intenções que prevê a criação de três cursos de pós-graduação nas áreas de Gestão em Saúde, Gestão Pública e Gestão em Educação. “A iniciativa é uma parceria com a prefeitura local, com o intuito de ofertar cursos de pós-graduação, na modalidade especialização, para a região, já com a chancela da UFG. Isso fortalece a presença da universidade em Cidade Ocidental e na região do Entorno para a implantação do campus mais sólido”, finalizou a reitora da UFG.

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