Projeto Vibração divulga métodos pedagógicos inovadores na educação

Na última semana, o Centro de Convenções de Luziânia estava em festa para o lançamento da terceira edição da revista Vibração. A iniciativa faz parte de um projeto pedagógico maior, intitulado “Vibração: Colaboração, Avaliação e Intervenção”, feito para estimular e divulgar as boas metodologias educacionais na rede pública municipal.

Em entrevista ao Jornal Opção Entorno, a coordenadora pedagógica do 4º ano do Ensino Fundamental, Jacqueline Flávia Santos da Silva, idealizadora do projeto, informa que a ideia foi colocada em prática em 2022 na Secretaria Municipal de Educação (SME) e estava programada para dois anos, até a data da prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB).

Na época, professores, gestores, supervisores e coordenadores procuravam retomar a normalidade em um cenário pós-pandêmico e planejar o futuro da comunidade escolar. “Avaliamos, naquele período, a situação de crianças com problemas de alfabetização. Então, com esse diagnóstico, promovemos visitas pedagógicas e encontros de formação com os professores. A partir disso, quisemos divulgar para a sociedade as práticas bem-sucedidas por meio de uma revista e, de certa forma, valorizar os profissionais da educação”, relata Jacqueline. Vale destacar que o conteúdo editorial é composto de textos dos próprios educadores da rede municipal.

De acordo com a coordenadora, por meio do projeto foi alcançada a média, entre os estudantes, de 5,9 pontos no SAEB. “Agora, com todo esse trabalho consolidado, com certeza vamos ultrapassar essa média na próxima avaliação”, diz, otimista.

Revista Vibração

A primeira edição da revista Vibração foi publicada em 2022, cujo público-alvo foram professores e supervisores dos 4º e 5º anos. “Em 2023 nós fizemos o segundo número, mas não foi possível publicá-lo naquele ano. Então, montamos uma edição especial no início de 2024, das práticas do 4º e 5º anos de 2023”, detalha, acrescentando que a elaboração desta segunda revista contou também com o auxílio de outro coordenador pedagógico do 4º ano, Tiago Ferreira.

Já o terceiro número, recém-lançado, teve como foco novamente o 4º ano, série que abarca um contingente, na rede municipal, de 3.209 alunos na faixa-etária de 9 a 14 anos, 111 professores e 44 supervisores, além dos dois coordenadores.

Desta vez, a revista, além do formato digital, passou a ser também impressa, ganhando o registro International Standard Serial Number (ISSN), um código que chancela a periodicidade de uma determinada publicação. “Quando publicamos algo em revistas registradas e de prefeituras, isso agrega valor em termos de produção acadêmica”, frisa Jacqueline. Os 200 exemplares da tiragem inicial estão sendo distribuídos aos autores, institutos federais, universidades, escolas e autoridades municipais, além de serem colocados em pontos estratégicos da cidade.

Ampliação do projeto

Dentro do projeto Vibração também foram produzidos os e-books “Receitas Pedagógicas”, com relatos de 48 professores-autores; e “Linguagens: muito mais que a Língua Portuguesa”, com textos de 51 profissionais. Ambos receberam o registro International Standard Book Number (ISBN), ficha catalográfica e código de barras pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Segundo Jacqueline, a intenção agora é ampliar a iniciativa para todas as etapas e modalidades da rede municipal de ensino, incluindo a Educação Infantil, o Ensino Fundamental I e II, e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). “De maneira geral, para 2025, considerando toda a rede, nosso foco vai ser continuar a trabalhar de forma colaborativa e avaliar todo o processo para fazermos intervenções pontuais, a fim de melhorar a aprendizagem dos alunos”, esclarece. “E vamos selecionar as melhores experiências para divulgar na próxima edição da revista, que deverá ser publicada antes de dezembro”, conclui.

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