O prefeito Diego Sorgatto (UB) anunciou, na última semana, seu novo secretariado, mas manteve, a princípio, alguns nomes do mandato anterior, como o secretário de Saúde Glênio Magrini Roque.

Desde que assumiu a pasta, em 1º de fevereiro de 2024, Glênio tem feito um trabalho eminentemente técnico, resultado de sua longa experiência de 19 anos como servidor público na área. Ele já foi técnico de enfermagem em Goiânia, graduou-se em Enfermagem e hoje é pós-graduando em Gestão do SUS e Gestão Hospitalar, sendo sua atuação voltada à gestão de políticas públicas e ao fortalecimento dos serviços de saúde.

Também ficou à frente da coordenação geral da regional de saúde e das coordenações regionais de atenção à saúde e de vigilância em saúde, dando suporte a sete municípios do Entorno Sul. “Assumi como secretário em 2024 e, desde então, venho trabalhando incansavelmente para transformar a saúde do município, sempre com o compromisso de atender às demandas da nossa comunidade”, afirma. E acrescenta: “Trabalharei até o último dia em que Deus e nosso prefeito permitir, fazendo o que faço melhor: servir”.

Na entrevista a seguir, concedida ao Jornal Opção Entorno, ele fala sobre suas ações à frente da Secretaria e projetos para 2025.

Luciana Amaral – Qual balanço o senhor faz de sua gestão à frente da Secretaria Municipal de Saúde?

Glênio Magrini – Ao lado do nosso prefeito Diego Sorgatto, conseguimos avanços significativos no setor de saúde. Investimos na aquisição de novos equipamentos de última geração, como o aparelho de ultrassonografia em funcionamento hoje no Hospital Municipal do Jardim Ingá (HMJI), o que ampliou nossa capacidade de diagnóstico e tratamento.

Ao assumir, as UPAs estavam com os aparelhos de raios-x inoperantes e foi uma prioridade resolver a situação. Além das unidades de pronto-atendimento, hoje o CAIS e o Hospital Municipal realizam os raios-x com laudo em até sete dias aos pacientes. Estamos ainda terminando a parte estrutural no HMJI, onde ficará o tomógrafo em funcionamento.

Comecei à frente da Secretaria no período mais crítico da dengue e tão logo vimos a situação das UPAs, colocamos mais médicos durante o plantão, ajudando a desafogar as demandas de emergências. Inauguramos a unidade básica de saúde no PED IX, na Praça da Bíblia, completamente nova e com equipe completa. Houve, ainda, a abertura da farmácia central e da unidade de fisioterapia e psicologia, todas no Distrito do Jardim Ingá, facilitando a vida do usuário do SUS que antes tinha que se deslocar para Luziânia. Também abrimos a UBS do Jardim Luzília, que estava fechada por problemas estruturais.

Implantei o protocolo de enfermagem na atenção primária a todos os enfermeiros para dar mais respaldo e garantia ao atendimento por esses profissionais. Assim, eles podem fazer pedidos de exames e conduções que antes ficavam exclusivos nas agendas médicas.

Determinei que tivéssemos unidades básicas fazendo tratamento contra a sífilis. Antes, o paciente era diagnosticado na UBS e tratava no CAIS ou UPA; hoje, 10 unidades ofertam o tratamento. Além disso, ampliei a cobertura de odontologia no município: antes, éramos 12 equipes de saúde bucal e hoje somos 27 equipes. Claro, melhoramos a condição salarial desses profissionais. Também reforçamos os protocolos de atendimento, priorizando a humanização e a eficiência.

Esses esforços resultaram em uma experiência mais positiva para a população e em um aumento da qualidade dos serviços prestados, junto à implantação do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Serviço (NEPS). Hoje temos convênio com a faculdade Unidesc, que tem sido parceira nas demandas da saúde. Temos, ainda, a clínica de psicologia inaugurada na minha gestão, além de um espaço específico para atendimento de crianças neurodiversas.

Em reunião com o secretário de Saúde, Dr. Rasível dos Reis, o prefeito Diego Sorgatto e a secretária do Entorno, Caroline Fleury

Luciana Amaral – Programas como o Saúde na Sua Porta e o Opera Luziânia trouxeram resultados contundentes, em sua opinião, na tentativa de diminuir as filas por consultas e cirurgias?

Glênio Magrini – Sem dúvida, esses programas foram fundamentais para reduzir as filas e melhorar o acesso aos serviços de saúde. O Saúde na Sua Porta nos permitiu levar atendimento médico e ações preventivas diretamente às comunidades, especialmente às mais distantes e as com maior demanda reprimida. Já o Opera Luziânia foi um marco na diminuição da espera por cirurgias eletivas, devolvendo qualidade de vida a milhares de pacientes. Ambos os programas demonstram que, com planejamento e foco na necessidade da população, é possível oferecer soluções rápidas e efetivas.

Glênio Magrini: “O Opera Luziânia reduziu a espera por cirurgias eletivas, melhorando a qualidade de vida de milhares de pacientes”

Luciana Amaral – O que o senhor pretende manter para 2025 e o que pode ser ainda implementado para melhorar a saúde no município?

Glênio Magrini – Pretendo consolidar os programas que deram resultados positivos, como o Saúde na Sua Porta e o Opera Luziânia, ampliando suas ações para alcançar ainda mais pessoas. Além disso, priorizarei a ampliação do quadro de profissionais de saúde e a capacitação contínua das equipes, fortalecendo o atendimento em todas as unidades. Também temos como meta a implantação de novos serviços especializados e a integração digital do sistema de saúde, para tornar os processos mais ágeis e transparentes. Queremos, ainda, avançar no aumento de cobertura da atenção primária, ampliar o acesso no ambulatório de pediatria, implantar o Centro de Diabéticos, realizar a tão sonhada abertura do Centro de Reabilitação (CER), ampliar e melhorar unidades da zona rural, ter em nosso município o Serviço de Atenção Especializada (SAE) para o tratamento de HIV, sífilis e hepatite; e o Centro de Atendimento ao Autismo e Neurodiversidade. São projetos ousados, mas possíveis. A população de Luziânia merece uma saúde robusta e qualificada.

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