Líder experiente e com uma sólida trajetória no setor comercial, o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de Goiás (Facieg) para o triênio 2023/2026, Márcio Luís da Silva, já atuou em ramos profissionais diversificados, como hotelaria, recuperação de crédito, produção rural e, ainda, advocacia, sendo mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Foi também presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Porangatu (Aciap) por dois mandatos, destacando-se pela promoção do crescimento de negócios locais.

Sua combinação de formação acadêmica e prática profissional multifacetada oferece uma visão estratégica para fortalecer as associações comerciais em Goiás, incluindo as do Entorno do Distrito Federal, de forma a promover o desenvolvimento econômico e defender os interesses dos filiados.

E para falar um pouco mais sobre as principais ações político-empresariais da Facieg nos municípios da região adjacente ao DF, que Márcio Luís concedeu esta entrevista ao Jornal Opção Entorno. Ele destaca, por exemplo, que a melhoria dos índices de segurança pública tem sido um fator determinante para o desenvolvimento da região e também cita parcerias da instituição que preside para assegurar o bom desempenho empresarial no Entorno.

Márcio Luís com a primeira-dama Gracinha Caiado e o governador Ronaldo Caiado (UB) (Foto: Divulgação)

Paulo Henrique Magdalena – Na visão da Facieg, qual é a principal demanda dos municípios do Entorno?

Márcio Luís da Silva – Os nossos associados e associações comerciais, como um todo, apontam a questão da qualificação da mão de obra e também a escassez de mão de obra como grandes dificuldades. Tanto a mais qualificada quanto a menos qualificada são escassas.

Paulo Henrique Magdalena – Que potencialidades o senhor destaca na região?

Márcio Luís da Silva – Sem dúvida, a melhoria dos índices de segurança pública é hoje um fator determinante para o desenvolvimento do Entorno. Isso foi a grande virada de chave que aconteceu nos últimos anos. Além disso, a proximidade com o Distrito Federal, que tem um volume populacional muito elevado, também ajuda muito o comércio local.

Paulo Henrique Magdalena – Quais ações político-empresariais a Facieg empreende nos municípios do Entorno do DF?

Márcio Luís da Silva – A primeira e principal função nossa é a representatividade institucional. Isso abrange toda e qualquer demanda que surja do segmento empresarial. Nosso sistema está à disposição para atuar protegendo desde o grande, o médio e, principalmente, o pequeno, que é o foco principal da rede que buscamos assessorar. Então, além dessa representação político-classista, nós também celebramos parcerias para facilitar a gestão empresarial. Desde a qualificação, sobretudo por meio do Sebrae, trazendo novas formas de gestão dos negócios, como também produtos que são de necessidade do comércio local, com uma relação de fornecedores de confiança e valores abaixo do que costuma ser praticado pelo mercado.

O presidente da Facieg e o vice-governador Daniel Vilela (Foto: Divulgação)

Paulo Henrique Magdalena – Como a Facieg trabalha em conjunto com as associações comerciais e empresariais dos municípios da Ride para defender os interesses dos empresários?

Márcio Luís da Silva – Primeiro, é importante destacar a sintonia. A Facieg tem uma relação direta com as nossas associações comerciais; inclusive, um dos nossos vice-presidentes é da região de Cristalina e o nosso coordenador regional do Entorno é de Luziânia. Ambos nos ajudam muito no processo de comunicação e diálogo com as associações comerciais locais. Além disso, marcamos presença em praticamente todos os eventos na região promovidos pelas nossas associações comerciais. Recentemente, participamos da Faicris, um dos maiores eventos da nossa rede, que aconteceu em Cristalina.

Paulo Henrique Magdalena – Quais setores da economia são mais representados pela Facieg nos municípios do Entorno do DF?

Márcio Luís da Silva – Sem sombra de dúvidas, os prestadores de serviço são o maior volume dos nossos associados, devido ao próprio volume econômico que esse setor tem na região. No caso da agricultura, apesar de nosso sistema também abraçar esse segmento, temos um sistema irmão que faz um trabalho muito bonito e específico nesse campo de atuação, que é o sistema da FAEG. Então, esse público acaba se fidelizando mais a esse sistema.

Márcio Luís e o deputado estadual Wilde Cambão (PSD), vice-líder do governo Caiado na Alego (Foto: Divulgação)

Paulo Henrique Magdalena – Como a filiação à Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) beneficia os empresários da região?

Márcio Luís da Silva – Nós temos que ter uma visão sistêmica, ninguém vive isolado e o setor produtivo não é diferente. A partir do momento que você consegue construir uma estrutura de representação nas esferas municipal, estadual e nacional, o sistema como um todo se fortalece. Temos demandas que podem ser resolvidas na própria cidade, mas há outras que necessitam de uma estrutura estadual, e alguns temas são voltados ao nível nacional. Por exemplo, em reformas de grande impacto, mesmo a federação ou a associação comercial mais influente não tem musculatura suficiente para interferir nesse tipo de processo. Por isso, é essencial ter uma confederação estruturada e fortalecida, como é o caso da nossa CACB, que vem desempenhando um trabalho maravilhoso para dar voz ao setor produtivo.

Paulo Henrique Magdalena – Que tipo de apoio ou serviços a Facieg oferece especificamente para as micro e pequenas empresas desses municípios?

Márcio Luís da Silva – Nós temos uma histórica parceria com o Sebrae, onde o nosso sistema mobiliza os pequenos e microempresários, e o Sebrae disponibiliza os cursos. Sem dúvidas, essa é a maior contribuição que o nosso sistema dá em termos de melhoria da gestão empresarial e também da qualificação da mão de obra local. Além disso, temos diversas ações institucionais. Toda demanda levantada pelo setor produtivo é atendida. Temos também alguns produtos e serviços que disponibilizamos a valores abaixo do que o mercado pratica. Isso fortalece a ação comercial, pois ela necessita de caixa para sobreviver como qualquer outra instituição, além de possibilitar o acesso a produtos de qualidade.

Márcio Luís no 1º Fórum das Associações Comerciais e Industriais do Entorno, em Luziânia (Foto: Divulgação)

Paulo Henrique Magdalena – Quais são as principais reivindicações da Facieg junto aos poderes constituídos em nome dos empresários dos municípios do Entorno do DF?

Márcio Luís da Silva – Essa é uma demanda muito específica. Conforme a demanda vai sendo apresentada, nosso sistema se mobiliza. Geralmente, são questões voltadas para acesso ao crédito, desburocratização e ampliação da qualificação da mão de obra. A nossa atuação é muito em cima de demandas que são criadas pela própria rede.

Paulo Henrique Magdalena – Em relação ao agronegócio, quais as iniciativas da Facieg para apoiar o setor na região?

Márcio Luís da Silva – O agronegócio é uma realidade à parte. Sem dúvida, é um vetor econômico de extrema relevância. Então, precisa ser respeitada e apoiada. Inclusive, nós temos uma relação de muita parceria e sintonia com a FAEG, que é a grande representante desse segmento. Nós, também, dentro do próprio agro, temos uma importante cadeia produtiva de prestadores de serviço e comércio que dão estruturação para esse mercado. Desde lojas mecânicas, produtos de revenda de tratores e maquinário, à operação de crédito.

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