O Zoológico de Brasília mantém-se como um dos principais espaços de preservação da fauna no país. Com um trabalho voltado para a conservação e educação ambiental, segundo a administração do zoo, somente em 2024 foram registrados mais de 512 mil visitantes, uma média mensal de cerca de 42,6 mil pessoas.

O local é subdividido em três setores: mamíferos, aves e répteis (incluindo anfíbios e artrópodes), cada um com uma equipe especializada de tratadores e veterinários. Além disso, o monitoramento é diário, e há, ainda, um trabalho de enriquecimento ambiental, que estimula os instintos dos animais.

O Zoo é dividido em três setores: mamíferos, aves e répteis (abrangendo anfíbios e artrópodes). Foto: Divulgação

A alimentação também recebe atenção especial. Segundo a assessoria, as dietas são elaboradas conforme as necessidades nutricionais de cada espécie, considerando até mesmo as preferências individuais. “A girafa Yaza, por exemplo, não gosta de batata-doce”, informa o zoológico.

Hospital especializado

O hospital veterinário do zoo realiza exames periódicos e tratamentos, inclusive de animais silvestres resgatados, como antas e tamanduás-bandeira, frequentemente atropelados nas rodovias. “Esses animais recebem atendimento especializado e, sempre que possível, são reabilitados e devolvidos à natureza”, explica a equipe.

Samuel Pinheiro: “É essencial recriar condições ambientais próximas às naturais, para evitar estresse e problemas comportamentais”

Em entrevista ao Jornal Opção Entorno, o veterinário Samuel Pinheiro explica que o cuidado com animais silvestres em cativeiro envolve desafios, como manejo adequado, nutrição específica, medicina preventiva e controle de doenças infecciosas. “É essencial recriar condições ambientais próximas às naturais, para evitar estresse e problemas comportamentais”, esclarece. “Além disso, o controle sanitário previne zoonoses e programas de reprodução visam preservar a variabilidade genética”.

Novos moradores e filhotes

Em 2024 foram registrados o nascimento de emas, araras-vermelhas e dois lobos-guarás. Novas espécies também passaram a integrar o espaço, como uma zebra e um casal de suricatos. Outro destaque foi o retorno das onças-pardas à visitação, após dois anos em área restrita. “Esse período foi necessário para garantir a adaptação dos animais e reforçar os cuidados com o seu bem-estar”, informou a administração.

Educação ambiental

O Zoo visa aproximar a população da fauna e destaca a importância da conservação das espécies. Foto: Divulgação

Além de lazer, o zoológico reforça seu papel educativo, promovendo visitas monitoradas e ações de conscientização sobre a preservação da biodiversidade. “Nosso objetivo é aproximar a população da fauna e mostrar a importância da conservação das espécies”, ressaltou a assessoria.

Confira as novas espécies: