Existe uma batalha judicial entre a Prefeitura de Águas Lindas de Goiás e o proprietário de uma fazenda onde será construído o Polo Industrial Sol Nascente, um complexo planejado com empresas nacionais e internacionais, especialmente da China. A Prefeitura apresentou uma contraproposta de R$ 10,8 milhões para a desapropriação dos imóveis, valor abaixo dos R$ 25,5 milhões solicitados pelos proprietários. O pagamento está previsto em entrada de 50% do total e o restante em seis parcelas semestrais.

A Prefeitura explica que o valor pedido inicialmente pelos proprietários não considerava limitações legais do terreno, como áreas de preservação permanente e reserva legal, que reduzem o aproveitamento econômico da área. O processo de mediação judicial segue em andamento, conduzido pelo Juízo competente, com expectativa de acordo amigável e encerramento da ação.

A nota oficial da Prefeitura informa que o terreno já foi regularmente desapropriado e que o valor correspondente à tabela imobiliária foi depositado em juízo. A parte desapropriada solicitou complemento da avaliação inicial, que já foi atendido pelo município.

O Polo Industrial Sol Nascente foi planejado como um ecossistema industrial e tecnológico, com foco em tecnologia avançada, energia renovável, comércio exterior e serviços de inovação. Segundo a Companhia de Desenvolvimento de Águas Lindas (CODEAL), responsável pela iniciativa, 30 empresas chinesas já estão confirmadas e outras 40 brasileiras aguardam aprovação. O investimento inicial previsto ultrapassa R$ 100 milhões.

Entre os investidores chineses confirmados estão:
• Hainan Meitu New Energy Vehicles – fabricante de triciclos e veículos elétricos leves;
• ZR Pump Industry Co. – produtora de bombas industriais e equipamentos para mineração e saneamento;
• Easefuture Technology (Hangzhou) – empresa de soluções em automação, inteligência artificial e manufatura inteligente;
• Shenzhen Lumen Lighting – fabricante de painéis de LED e componentes para energia renovável;
• ITEC Asia / Zhongshan High-Tech Association – responsável pelo intercâmbio tecnológico e implantação do centro de convenções e inovação.

O projeto deve gerar cerca de 2 mil empregos diretos na primeira fase e mais de 10 mil indiretos à medida que as plantas fabris e o centro de convenções entrarem em operação. A Prefeitura, em parceria com a Secretaria de Estado de Infraestrutura de Goiás (Seinfra), realiza ajustes de projeto e cofinancia obras de infraestrutura do empreendimento.