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O professor de Biologia da Universidade de Brasília (UnB), Jaime Martins de Santana, foi acusado de beijar duas colegas de trabalho sem consentimento. A Comissão de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) concluiu que o docente cometeu assédio e recomendou sua demissão. No entanto, a administração central classificou o ato como “falta de urbanidade” e aplicou uma suspensão de 15 dias, cumprida em 2023. A divergência de interpretações gerou repercussão na comunidade acadêmica.

Em resposta às críticas, a UnB divulgou nota reafirmando seu compromisso com a ética, a justiça e os direitos humanos. Sob a liderança da reitora Rozana Reigota Naves, a universidade expressou solidariedade às vítimas e destacou que não compactua com condutas que ferem a dignidade humana. A gestão reconheceu a gravidade das denúncias e defendeu a implementação de medidas estruturais para evitar novos casos.

O professor foi acusado de beijar duas colegas de trabalho sem consentimento. Foto: Reprodução da Internet

Entre as ações anunciadas, está a capacitação de novos gestores sobre políticas de prevenção e enfrentamento ao assédio nos primeiros 100 dias de gestão. A reitoria também promoveu reuniões emergenciais com assessores e decanos para traçar estratégias imediatas. As iniciativas buscam fortalecer a confiança e a segurança de toda a comunidade acadêmica.

A universidade reiterou a necessidade de mudanças profundas para garantir um ambiente saudável e respeitoso. A nova gestão compromete-se com a transparência e a adoção de políticas eficazes para prevenir condutas inadequadas e assegurar o bem-estar de estudantes, docentes e funcionários.

Nota oficial da Universidade

A Universidade de Brasília (UnB), sob a liderança da reitora Rozana Reigota Naves, manifesta seu compromisso inegociável com a justiça, a ética e o respeito aos direitos humanos, pilares fundamentais para a construção de uma universidade que valoriza sua comunidade acadêmica e promove um ambiente saudável e acolhedor para todas as pessoas.

Compreendemos a gravidade das denúncias relatadas na matéria divulgada nas mídias. Solidarizamo-nos com as vítimas e reiteramos que a nova gestão não compactua com condutas que desrespeitem a dignidade humana ou que fragilizem a confiança da comunidade universitária.

Esta gestão trabalhará diuturnamente para implementar um programa sólido, pautado pela ética, pela excelência acadêmica e pela democracia participativa. Ao tomar conhecimento do processo por meio da Procuradoria Federal junto à UnB, a Reitora convocou reunião com a assessoria do gabinete, a Secretária de Direitos Humanos em exercício, a Decana de Assuntos Comunitários (DAC) e a assessora do Decanato de Gestão de Pessoas (DGP), para definir ações imediatas, alinhadas às propostas do programa de gestão.

Entre essas ações, destacamos o compromisso de capacitar os novos gestores, nos primeiros 100 dias de administração, quanto à política de prevenção e enfrentamento ao assédio. Essas medidas fazem parte de um esforço amplo para fortalecer as políticas institucionais e assegurar que todos os membros da comunidade acadêmica sejam protegidos e respeitados.

Este momento reforça nossa convicção de que mudanças estruturais são necessárias e urgentes. Esta gestão se compromete a trabalhar incansavelmente para que episódios como os relatados não se repitam e para que todas as pessoas da nossa comunidade acadêmica possam confiar na integridade das ações da universidade.

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