Municípios do Entorno participam da campanha Outubro Verde, para combate e prevenção à sífilis
15 outubro 2024 às 14h24
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As cidades da região circunvizinha ao Distrito Federal aderiram à campanha Outubro Verde, promovida pela Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) ao longo deste mês para combate à sífilis. A doença é silenciosa no início e afeta muitas pessoas, incluindo gestantes e recém-nascidos. Somente no estado, entre 2020 e 2024, houve quase 35 mil casos de sífilis adquirida, sendo mais de 11 mil em gestantes e cerca de 2 mil de sífilis congênita.
Em Águas Lindas de Goiás, o tratamento da doença está sendo implementado diretamente nas unidades básicas de saúde (UBS). Diante do aumento de casos de sífilis adquirida e congênita, o município intensificou a capacitação dos profissionais de saúde para diagnósticos rápidos e início do tratamento adequado, principalmente para gestantes. Enfermeiros das UBS, por exemplo, foram capacitados nesse sentido, com o apoio da equipe da HUB, no Instituto Federal de Goiás. “Estamos focados em garantir tratamento nas UBS e facilitar o acesso à testagem e ao acompanhamento”, frisa o secretário municipal de Saúde, Evandro Soares.
O acompanhamento no pré-natal também foi reforçado, com exames frequentes para prevenir a sífilis congênita. “Nosso objetivo é facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento, especialmente para gestantes, que são um grupo prioritário”, acrescenta o titular da pasta.
Outras ações desenvolvidas na cidade são palestras do Programa Saúde na Escola (PSE) para adolescentes e jovens, com foco na saúde sexual e prevenção da sífilis; distribuição de preservativos e materiais informativos nas UBS e escolas; e a testagem rápida em todas as unidades de saúde.
Tratamento imediato
No município de Luziânia, a testagem rápida está disponível em todas as UBS, com resultados disponíveis em até 15 minutos, segundo explica o secretário municipal de Saúde, Glênio Magrini: “Expandimos nossos pontos de tratamento em 2024, incluindo 10 novas unidades que possuem farmácias para dispensação de medicamentos, permitindo que o paciente receba o diagnóstico e o tratamento de imediato”, salienta. Além disso, o município conta com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado no Centro de Assistência Integrado da Saúde (CAIS) no Setor Fumal, que é referência para tratamento e diagnóstico de sífilis, hepatite e HIV.
Os números de sífilis, de acordo com Magrini, são alarmantes, especialmente na faixa etária entre 20 e 34 anos, que apresenta o maior índice de diagnósticos. “Ampliamos nossa cobertura da atenção primária para aumentar o número de unidades que realizam acompanhamento pré-natal. Toda gestante que passa por uma unidade básica de saúde realiza o teste para sífilis”, ressalta o secretário. Se houver diagnóstico positivo, a gestante é encaminhada para acompanhamento e tratamento, garantindo que a transmissão da mãe para o feto seja devidamente monitorada e a doença tratada.
Essas iniciativas são essenciais para o controle da sífilis congênita. “Estamos comprometidos em garantir que todas as gestantes tenham acesso ao teste e, se necessário, ao tratamento adequado. Esse trabalho conjunto visa reduzir a prevalência da sífilis em nosso município”, conclui Glênio Magrini.
Controle abrangente
Em Novo Gama, a secretária de Saúde Marília Chissolucombe afirma que o município também está fortemente envolvido na campanha Outubro Verde, com ações voltadas para a prevenção e o diagnóstico precoce da sífilis, especialmente entre as grávidas. “Nosso foco é garantir que todas as gestantes recebam orientações completas durante o pré-natal e que o acesso aos testes rápidos esteja disponível em todas as unidades de saúde”, explica.
O tratamento é oferecido tanto aos infectados quanto aos seus parceiros, com o objetivo de promover o controle abrangente da doença. Já o núcleo de vigilância epidemiológica é responsável por monitorar os casos.
Diante do aumento dos diagnósticos de sífilis adquirida e congênita em Goiás, Novo Gama ampliou suas medidas de combate. “Implantamos o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) dentro do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), onde uma equipe multidisciplinar acompanha os pacientes com infecções sexualmente transmissíveis”, finaliza a secretária.
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