Igreja de Pirenópolis é interditada por problemas estruturais

06 maio 2025 às 19h33

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Um laudo técnico emitido pelo Departamento de Engenharia da Prefeitura apontou sinais de deterioração, como rachaduras profundas, movimentação das torres, infiltrações e pintura desgastada. A Paróquia Nossa Senhora do Rosário, responsável pelo templo, confirmou a interdição temporária.
O relatório técnico destacou o risco iminente de desabamento ou colapso estrutural, o que motivou a medida emergencial para garantir a segurança de fiéis, visitantes e preservar o patrimônio histórico. A Igreja do Bonfim, construída em estilo barroco e fundada em 1750, é um dos marcos religiosos e turísticos mais tradicionais da cidade.
A prefeitura informou que uma reunião será realizada nos próximos dias entre representantes da paróquia, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Governo de Goiás, com o objetivo de analisar os laudos e definir as ações necessárias para a recuperação do templo.
Moradores ouvidos pelo Jornal Opção Entorno levantaram preocupações sobre a possível influência de obras na região. A construção de um resort de grande porte nas proximidades da igreja, segundo relatos, pode ter contribuído para o agravamento do estado da edificação. A estudante universitária Talita Ferreira, de 23 anos, afirmou que a circulação constante de caminhões pesados na área pode ter abalado o terreno. “A especulação imobiliária desenfreada traz esses transtornos para todos que vivem aqui”, declarou. Ela também lembrou que a igreja passou por reformas há pouco mais de dez anos.
Popularmente conhecida como Igreja do Bonfim, o templo está localizado no Largo do Bonfim e pertence à Diocese de Anápolis. Além de sua importância religiosa, é considerado um dos pontos turísticos mais relevantes de Pirenópolis, atraindo visitantes de várias partes do país.
A empresa Átrio Arquitetura e Engenharia, responsável pela avaliação técnica, destacou a importância da interdição. “A medida é necessária devido ao risco iminente de colapso. Trata-se de uma ação preventiva para evitar acidentes e a interrupção dos cultos religiosos”, explicou em nota.
Durante o período de interdição, as celebrações e demais atividades religiosas serão realocadas para outros espaços, que serão divulgados em breve pela administração paroquial.
