Ocupando uma área de 289 metros quadrados no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, o Crematório do DF já tem permissão para disponibilizar seus serviços à população. Isto porque a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) recebeu, do Instituto Brasília Ambiental, a licença que faltava para colocar a estrutura em funcionamento. Com isso, abre-se uma alternativa para moradores da capital federal, que antes precisavam recorrer a esse tipo de serviço no Entorno, em Formosa ou Valparaíso.

A permissão ambiental foi concedida após a realização do teste de queima (uso do forno), parecer técnico favorável pelo Instituto e entrega de laudo por parte do empreendedor. A superintendente de Licenciamento Ambiental do Brasília Ambiental, Nathália Almeida, considera que, diante do crescimento da cidade, o crematório é uma opção viável e segura em relação à destinação de novas áreas para cemitérios. “O monitoramento das emissões é de fundamental importância e este é o trabalho do Brasília Ambiental a partir deste momento”, pontua.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília

Alternativa sustentável

O local dispõe de câmara fria para armazenamento de até seis urnas funerárias, câmara ardente, sala de despedida com capacidade para 40 pessoas, sanitário com acessibilidade, entre outros itens. Além de atender a uma demanda antiga da população, o crematório pode ser uma solução de sepultamento diante do pouco espaço disponível para novos jazigos.

Na opinião da titular da Sejus-DF, Marcela Passamani, a obra é de suma importância para a capital federal. “Além de ser o primeiro crematório, oferece uma nova estrutura de excelência às famílias enlutadas, que não vão mais precisar buscar o serviço no Entorno, pois agora há uma alternativa aos seis cemitérios existentes”, ressalta.

Vale destacar que atividades funerárias nessa modalidade são consideradas de baixo potencial poluidor, segundo a legislação brasileira. Apesar disso, no país apenas 5% das pessoas que falecem são cremadas, segundo dados da Associação dos Cemitérios e Crematórios do Brasil (Acembre). A perspectiva é que haja aumento de 20% nas cremações nos próximos 10 anos, principalmente por conta de mudanças culturais na sociedade.