Novo deslizamento atinge área antiga do lixão Ouro Verde em Padre Bernardo
26 novembro 2025 às 14h05

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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável foi comunicada, na manhã desta terça-feira (25), sobre um novo deslizamento de resíduos sólidos no lixão da empresa Ouro Verde, em Padre Bernardo. O desmoronamento ocorreu durante a madrugada, após cerca de 140 milímetros de chuva na região, segundo o Centro de Informações Hidrológicas e Meteorológicas da Semad (Cimehgo).
O deslizamento atingiu novamente a pilha antiga, a mesma que cedeu no dia 18 de junho de 2025. A pilha nova, formada com o material retirado do leito do córrego Santa Bárbara nos meses seguintes ao primeiro incidente, não foi afetada. Assim como na ocasião anterior, o lixo voltou a alcançar o córrego, cujo consumo está proibido desde a portaria assinada no dia seguinte ao primeiro desmoronamento.
Ainda não há definição sobre o volume de resíduos que deslizou desta vez. Técnicos da Semad devem ir ao local nesta quarta-feira (26) para avaliar a situação, e existe a possibilidade de um novo auto de infração por descumprimento da obrigação de estabilizar o maciço.
Nossa reportagem já havia estado em Padre Bernardo no início deste mês. Na ocasião, a empresa responsável afirmou, em nota, que está adotando medidas para garantir a estabilidade da área e declarou que “dessa vez não houve impacto ambiental e que não há risco estrutural para o local e o entorno dele”. A empresa também ressaltou que reforçou a contenção das pilhas, ampliou o sistema de drenagem e revisou processos internos desde o desabamento de junho.
A prefeitura informou, em nota, que recebeu o comunicado da Ouro Verde sobre o novo deslizamento. O município disse que o material deslocado passava por cobertura para instalação de drenos de gás e chorume e “não atingiu o córrego, e está retida no dique que foi instalado anteriormente para esse fim”. A administração municipal afirmou ainda que cobrará providências urgentes, especialmente o esvaziamento das lagoas de chorume, classificadas como de risco iminente de rompimento por técnicos em vistorias anteriores.
A Semad-GO reforçou que ainda não é possível estimar a quantidade de resíduos deslocados. Segundo avaliação preliminar, os recentes deslizamentos têm sido provocados pelo excesso de chuvas, que acumulam água nas estruturas e geram instabilidade no maciço.
