A Prefeitura de Valparaíso de Goiás publicou no Diário Oficial a abertura de uma contratação emergencial para o transporte escolar da rede municipal, em caráter de dispensa de licitação. O objetivo é permitir que empresas ou prestadores individuais apresentem propostas rapidamente, com critério de menor preço por item, até 5 de setembro.

A medida evidencia a urgência em garantir o serviço, considerado essencial para o deslocamento de estudantes que moram em regiões distantes das escolas. Mas a situação levanta questionamentos sobre o planejamento da gestão municipal: por que não houve uma ação antecipada para evitar que alunos dependessem de um processo emergencial? Procuramos a prefeitura para entender quais medidas estão sendo tomadas para garantir o transporte e se há previsão para o início do serviço, a quanto tempo o serviço está parado. Em nota, a prefeitura informou que a contratação emergencial de quatro rotas foi necessária após o término do contrato anterior, garantindo que o serviço não fosse interrompido. As demais rotas seguem normalmente até 31 de dezembro de 2025, e um novo processo licitatório já está em andamento para contratar empresa especializada e atualizar o serviço conforme a demanda dos alunos.

A falha existe também, no transporte coletivo “Vai de Val”, lançado em maio para atender bairros como Céu Azul e Valparaíso I e II, segue sendo alvo de críticas da população. O serviço foi suspenso em 31 de julho, deixando cerca de 800 usuários diários sem alternativa. Durante os dois meses de funcionamento, moradores registraram atrasos, longos intervalos entre ônibus, falhas no ar-condicionado, descumprimento de horários, falta de limpeza e problemas de acessibilidade.

Relatos indicam que a empresa responsável pelo “Vai de Val” também deixou de receber os subsídios prometidos, prejudicando compromissos como bilhetagem eletrônica e renovação da frota. “A empresa levou um prejuízo em torno de R$ 400 mil durante o período em que prestava o serviço”, afirmou um morador. A Prefeitura informou que enviou à Câmara Municipal um projeto de lei para subsidiar o transporte coletivo “Vai de Val”. Com a aprovação, os trâmites para retomar a licitação do sistema serão conduzidos. Mas não respondeu do porque não fez também, de forma emergencial.

A Administração Municipal destacou seu compromisso com a continuidade e regularização dos serviços de transporte, respeitando a legalidade e a responsabilidade administrativa.