A iniciativa reuniu representantes da Defensoria Pública, Ministério Público, Poder Executivo, forças de segurança, secretarias de Desenvolvimento Social do Entorno e membros da sociedade civil organizada, com o objetivo discutir a realidade local e buscar soluções integradas.

Um destaque apresentado foi a elaboração de um protocolo de atuação conjunta envolvendo saúde, segurança pública e assistência social. Segundo a vereadora proponente, a falta de integração entre os setores têm dificultado a efetividade das ações.

Participaram representantes da Defensoria Pública, MPGO, forças de segurança, secretarias e a sociedade civil

“Acredito que todas as iniciativas devem ser tomadas de forma integrada. O que vem acontecendo é que a Polícia Militar faz um trabalho, a Defensoria Pública outro e a Assistência Social do mesmo modo, só que não alcançam os resultados. Por isso, se faz necessário a criação de um comitê, para que dentro dele todos os responsáveis prestem ações conjuntas com começo, meio e fim. Não ações isoladas, porque elas não trazem efetividade”, afirmou a professora Edna, em entrevista ao Jornal Opção Entorno.

Criação de comitê e carta compromisso

Dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tendo como base o CadÚnico, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, indicam que, em março de 2025, o Brasil registrou 335.151 pessoas em situação de rua. Um crescimento de quase 14,6 vezes em relação a 2013.

Apesar de Goiânia ter apresentado queda nesta população, Brasília, localizada a cerca de 63 km de Luziânia, registrou aumento, com estimativa de 8.591 indivíduos nessa condição. Essa curta distância em relação à capital federal, segundo a vereadora, influencia diretamente a realidade do município do Entorno. “A questão da proximidade com Brasília tem tudo a ver com o aumento das pessoas em situação de vulnerabilidade aqui na nossa cidade. É importante levantar esse debate envolvendo a RIDE e o Entorno, secretarias de Goiás e do Distrito Federal, bem como o terceiro setor”, pontuou a parlamentar.

Além do protocolo de atuação, a audiência resultou na elaboração de uma carta de compromisso, segundo a parlamentar. “Temos acompanhado algumas audiências públicas que só têm o começo e não dão seguimento. Então, a partir da discussão e participação, elaborou-se esse documento envolvendo todos os setores. O próximo passo será uma reunião no dia 14 de maio, a fim de traçar o que será feito a curto, médio e longo prazo. Frisamos que a Casa de Leis de Luziânia não pode se furtar e, assim, já está sendo feito um projeto de lei para chamar todos para a sua responsabilidade e continuação do trabalho com acompanhamento desse comitê”, concluiu Professora Edna.

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