Alexandre de Jesus quer transformar a malha viária de Santo Antônio do Descoberto
06 abril 2024 às 10h48
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Com a proximidade das eleições, as chapas estão se formando e os candidatos se definindo. Em Santo Antônio do Descoberto, o nome da vez é o do secretário de Assistência Social, Alexandre de Jesus Assis. O também ex-presidente da Câmara irá concorrer pelo MDB à prefeitura municipal. Ele conta com o apoio de nomes importantes da cidade, incluindo o atual prefeito Aleandro Caldato (UB) e Padre Marcelo Vieira, reitor do Santuário de Santo Antônio.
Católico “de berço”, como ele mesmo define, e formado em pedagogia, Alexandre buscará, em sua campanha, mostrar as conquistas da atual gestão. Entre elas, o resgate da credibilidade do município junto aos fornecedores. Outro ponto de atenção são as retomadas de obras há anos paralisadas. Mas nem tudo são flores: a degradada infraestrutura é um dos maiores problemas da região e uma das principais reclamações dos moradores.
Nesta entrevista ao Jornal Opção Entorno, Alexandre fala sobre suas propostas e destaca seu legado político na cidade, além de deixar clara sua meta para um possível mandato: “Fazer um investimento, de fato, em toda a malha viária do município”.
Paulo Henrique Magdalena – O senhor será candidato a prefeito e terá o apoio do atual chefe do Executivo?
Alexandre de Jesus Assis – Sim, estou pré-candidato pelo MDB com o apoio do atual governo municipal e da Câmara Municipal.
Paulo Henrique Magdalena – O senhor considera o apoio do atual prefeito como algo favorável à sua candidatura?
Alexandre de Jesus Assis – Sim, porque, apesar dos desgastes políticos existentes, o governo vai ter a oportunidade de mostrar os seus feitos. E ele tem feito grandes obras. Prova disso é a recente entrega de uma creche que estava abandonada há mais de 12 anos. Lá teve um investimento municipal de mais de R$ 3 milhões. São obras paradas por gestores anteriores. O atual governo tem grandes feitos que serão apresentados para a nossa população e ela terá a maturidade de avaliar qual será a melhor opção para Santo Antônio do Descoberto.
Paulo Henrique Magdalena – Como o senhor pretende reverter uma possível rejeição ao atual governo e transformá-la em votos a seu favor?
Alexandre de Jesus Assis – Hoje, o único gargalo que temos na atual gestão é a malha viária do município, que é complicada, porque no passado foram feitas muitas ações eleitoreiras. Uma delas é fazer asfalto sem água fluvial, sem galeria. A malha viária nossa, que tem mais de 30 anos, foi totalmente destruída. O governo já tem algumas licitações pendentes, alguns planejamentos de investimentos em infraestrutura. Hoje a deficiência do governo municipal é o cidadão não conseguir transitar de forma tranquila na cidade. Mas como o mandato tem 4 anos de duração, haverá ainda muito investimento em infraestrutura. E a prefeitura está focada em investir na malha viária. Porque a gente sabe que é isso que está doendo no coração do povo. Várias outras coisas vão ser apresentadas à população que mostram que o governo fez gestão, como a folha de pagamento do servidor em dia e o SAD-PREV – Fundo de Previdência Social dos Servidores do Município de Santo Antônio do Descoberto – totalmente em dia, cumprindo, assim, sua obrigação com o servidor público. Há também a retomada de obras paradas de governos anteriores, como a creche pró-infância e a UPA que estava abandonada e agora está em fase de conclusão. Já concluímos e entregamos o primeiro Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) e houve a construção da sede própria do CRAS e a reforma do Vila Vida. Conseguimos, na nossa gestão, equipar toda a Secretaria com vários veículos novos. Temos em andamento a construção da sede nova, própria da Secretaria de Assistência Social. São obras que no tempo oportuno a nossa população vai enxergar na atual administração.
Paulo Henrique Magdalena – Santo Antônio do Descoberto tem aproximadamente 35 mil fiéis católicos, de acordo com último censo do IBGE. O Padre Marcelo, figura conhecida da cidade, irá apoiar sua candidatura. O senhor avalia como positiva essa mistura entre religião e política, considerando que vivemos em um estado laico?
Alexandre de Jesus Assis – Com certeza, vejo como algo positivo. Nós temos um estado laico, mas as religiões como um todo, católicos, evangélicos e espíritas, na minha opinião, eles devem sim estar na política. E nos últimos tempos, no Brasil, a gente tem visto isso, que as religiões se misturam com a política. Os religiosos e as religiões, não só na esfera municipal, se envolvem na política. Isso ficou bem claro na eleição nacional. Toda a classe evangélica definiu apoio a um determinado candidato. Isso foi notório. Padre Marcelo é uma pessoa muito querida, muito respeitada e eu considero de suma importância o apoio dele. Assim como acho importante que outras lideranças religiosas declarem apoio a um determinado candidato. Na minha opinião, não podem ser omissos. Nós, cristãos, somos totalmente contra o aborto, somos a favor da vida. Como que o católico ou o evangélico vira as costas numa eleição para deputado federal, por exemplo? Quem tem o poder de mudar isso no Congresso são os deputados. Então, não tem como as igrejas ficarem omissas à política. Peço que fique bem claro: sou católico de berço, já fui vereador e presidente da Câmara e sempre mantive um bom relacionamento com os evangélicos e com as demais religiões. Eu, sendo prefeito, não farei distinção de nenhuma religião. Atenderei a todos. Eu vejo sim, de forma muito positiva, a participação das religiões na política.
Paulo Henrique Magdalena – Qual legado o senhor deixa como vereador e como secretário de Assistência Social?
Alexandre de Jesus Assis – Na Câmara Municipal, nós tivemos uma gestão pautada na transparência. Adquirimos dois novos veículos para a Casa, reestruturamos o plano de carreira dos servidores e reformamos uma parte do Banco do Brasil, que deixou essa ala totalmente abandonada. Já na Secretaria, quando entramos, havia dois veículos velhos. Agora, estamos deixando a Secretaria com sete veículos novos, adquiridos na nossa gestão, e temos o CRAS com sede própria em construção. Reformamos onde funciona hoje o CRAS, que é o antigo PETI, uma obra que estava abandonada há mais de 6 anos pelo poder público. Fizemos uma gestão em que o serviço social se tornou permanente. Foi na nossa administração que, em parceria com a Agência Goiana de Habitação (Agehab), do Governo de Goiás, nós entregamos 28 casas a custo zero para a população. Temos, ainda, mais de 3 mil cartões Mães de Goiás em nosso município e cartões do Aluguel Social. Tudo isso feito na nossa gestão.
Paulo Henrique Magdalena – Quais os principais problemas do município que foram solucionados na atual gestão?
Alexandre de Jesus Assis – O prefeito Aleandro Caldato conseguiu colocar a cidade nos trilhos, administrativamente falando. No início do mandato, nós tínhamos dificuldade até de encontrar fornecedores interessados em participar das licitações do município, que estava com o nome “sujo” na praça. Servidores públicos não recebiam em dia. Como vereador, eu pude participar de negociações em que o salário dos servidores chegou a ser dividido em 12 parcelas. A próxima gestão tem que focar em obras estruturantes, obras que irão dar ao morador condições de ir e vir de forma tranquila. Nós temos um planejamento para isso.
Paulo Henrique Magdalena – Quais são suas propostas voltadas para as áreas da saúde, educação e infraestrutura?
Alexandre de Jesus Assis – Na Saúde, temos apenas o hospital municipal, mas vamos inaugurar, ainda nessa administração, a primeira UPA do município. Temos, ainda, de buscar parcerias, junto aos governos federal e estadual, para melhorar as condições do nosso hospital municipal. Hoje, ele é bem precário. Pretendemos fazer uma ampliação e criar uma maternidade própria. Esta é uma das nossas metas. Na Educação, é manter o atual secretário e vice-prefeito, que vem fazendo um grande trabalho. Realmente, ele revolucionou a educação do município. Em parceria com a comunidade, a gente pretende também fazer um trabalho permanente em infraestrutura e buscar uma emenda de bancada para investirmos, de fato, em toda a malha viária do município, que hoje é o nosso grande gargalo. E não deixar que as obras estruturantes sejam feitas apenas no final do mandato. Queremos fazer com que Santo Antônio seja uma cidade transitável, bonita e agradável.