Lulinha pretende ser candidato a prefeito de Cidade Ocidental

O Jornal Opção Entorno está apresentando o perfil de alguns pré-candidatos às principais prefeituras de municípios de cidades circunvizinhas ao Distrito Federal. Desta vez, o entrevistado é Luiz Gonzaga Viana Filho, o Lulinha, que se prepara para concorrer à prefeitura de Cidade Ocidental. Pela segunda vez na disputa para comandar o município, o atual vice-prefeito conta com o apoio de um grande grupo de políticos, mas ainda aguarda as bênçãos do chefe do Executivo municipal, Fábio Correa.

Natural do Maranhão, Lulinha é morador do município há 36 anos. Chegou em 1988, aos 14. Hoje, aos 50, acumula experiência como vereador, secretário de Esporte e, por duas vezes, vice-prefeito. É um político bem cotado e gestor atuante. Recentemente, comemorou seu aniversário em uma festa que reuniu a sua família, amigos e vários políticos do Entorno.

Nesta entrevista, Lulinha afirma que quer ser candidato à prefeitura de Cidade Ocidental, com a intenção de fazer um mandato de “continuidade”. Porém, sem o apoio do atual prefeito, Fábio Correa, sua candidatura não será viabilizada. Enfatiza que a prioridade de sua gestão será melhorar o saneamento nos bairros. Adianta também, de forma exclusiva, o seu primeiro projeto, caso seja eleito: o Centro de Atendimento Especializado na Saúde da Mulher.

Paulo Henrique Magdalena – Em pesquisa divulgada recentemente, seu nome aparece tecnicamente empatado em primeiro lugar nas intenções de votos para prefeito. O senhor será candidato?

Lulinha – Hoje sou pré-candidato a prefeito e serei candidato pelo PP, Partido Progressistas.

Paulo Henrique Magdalena – Na Corrida do Marmelo deste ano, o senhor foi muito elogiado pelo prefeito Fábio Correa. Quais são os principais desafios em uma possível candidatura à prefeitura, e como pretende enfrentá-los?

Lulinha – O nosso projeto maior é dar continuidade àquela transformação que o prefeito, Fábio Correa, vem fazendo na cidade, inclusive àqueles projetos não finalizados ou que ainda não saíram do papel. O grande desafio hoje é a questão da infraestrutura nos bairros. Vamos dar prioridade a isso e dedicar grande parte do governo a essa questão, se formos eleitos.

Paulo Henrique Magdalena – Como o senhor avalia o cenário político local e a receptividade do público em relação à sua possível candidatura?

Lulinha – Muito positiva, tendo em vista o nosso histórico político. Tenho 36 anos de Cidade Ocidental. Já participei de uma eleição para prefeito em que obtive 46% dos votos. Também fui o terceiro vereador mais votado do município e estou como vice-prefeito. As pessoas nos procuram e nos recepcionam nas ruas, mesmo sem a gente ter começado uma pré-campanha. As pesquisas nos apontam sempre disputando as primeiras colocações.

Paulo Henrique Magdalena – Como o senhor planeja equilibrar a continuidade das políticas bem-sucedidas da gestão atual com a necessidade de inovação e mudança?

Lulinha – Primeiramente, precisamos manter uma arrecadação municipal alta, boa, para que possamos fazer os investimentos. O ponto de partida é equilibrar a parte financeira, para que a gente possa concluir as obras e buscar parcerias junto ao governo estadual. O governador Ronaldo Caiado é nosso aliado e tem o nosso apoio, a ponto de termos conseguido, aqui, mais de 70% dos votos do município para ele. Precisamos também buscar os ministérios e deputados aliados.

Paulo Henrique Magdalena – Quais deputados estaduais e federais apoiam a sua pré-candidatura?

Lulinha – Como não comecei uma pré-campanha, não fui para a rua ainda, mas o nome da gente está bem colocado nas pesquisas. Nós temos parlamentares que nos apoiam, como os deputados federais Adriano do Baldy (PP), Lêda Borges (PSDB), Jeferson Rodrigues (Republicanos) e Ismael Alexandrino (PSD). E tem o Vitor Hugo (PL), que foi deputado federal e um dos campeões de repasse de emendas para o município, além do senador Vanderlan Cardoso (PSD). São políticos que nos ajudam muito e aliados que já declararam apoio.

Paulo Henrique Magdalena – Quais serão suas prioridades em termos de políticas públicas, e como elas se comparam com as da gestão atual?

Lulinha – Saneamento é uma política pública e nós precisamos melhorá-la nos bairros. É nossa prioridade. Política pública também é saúde de qualidade. Estamos inaugurando a reforma e ampliação de nosso hospital em 1º de abril. E precisamos que a equipe médica, enfermeiros e técnicos atendam com qualidade. Política pública é também uma criança ir para a escola e encontrar uma merenda arrumadinha, saborosa e bem equilibrada. É dar a continuidade ao bom trabalho realizado e investir recursos públicos naquilo que é necessário.

Paulo Henrique Magdalena – Como o senhor planeja abordar questões relacionadas à saúde pública e ao sistema de saúde municipal?

Lulinha – A Constituição Federal nos obriga a investir, no mínimo, 15% de tudo o que arrecada com saúde pública. Nosso município, hoje, já ultrapassa os 20%. O que eu preciso é manter esse patamar, para que o médico continue trabalhando aqui com qualidade e bem remunerado. Se porventura não houver unidade de saúde em algum bairro, vamos construir e deixar funcionando. Neste ano, inclusive, vamos inaugurar mais duas unidades de saúde em bairros carentes. E tenho um propósito, que não iria falar por enquanto, porque faz parte do nosso projeto de campanha: vamos criar o Centro de Atendimento Especializado na Saúde da Mulher, com ginecologista, psicólogo e clínico geral. Assim, a mulher não vai ficar enfrentando filas no hospital junto a outros pacientes.

Paulo Henrique Magdalena – Qual é a visão do senhor para a educação municipal e como pretende melhorar a qualidade da educação pública, desde a educação infantil até o ensino fundamental?

Lulinha – Quando nós assumimos em 2017, tínhamos duas creches que estavam há mais de 12 anos abandonadas. Nós concluímos as creches, que hoje funcionam, inclusive, com salas de tempo integral, atendendo crianças a partir de 3 anos de idade. Implementamos, ainda, em todos os bairros de Cidade Ocidental, o ensino infantil, para que a mãe possa deixar o seu filho bem cuidado, enquanto ela trabalha. Criamos também a primeira escola em tempo integral. A criança entra às 7h30 e sai às 18h, pratica esportes e faz aulas de reforço. Fizemos quase 100 novas salas de aula no decorrer desses 7 anos. Não tem uma criança nossa fora da escola e precisamos continuar nesse ritmo. Sobre o servidor, em 7 anos nós não tivemos nenhum dia de greve. O salário dos professores sempre está acima do teto. Recebem todos os direitos.

Paulo Henrique Magdalena – Como o senhor planeja promover o desenvolvimento econômico local?

Lulinha – Em relação ao transporte público, criamos uma lei, o projeto de Mobilidade Urbana, que já foi votada na Câmara. Aqui cobrimos um pequeno gargalo. O custo da passagem estava muito caro. Então realizamos uma ação, com o nome de Impacto Financeiro, para o município subsidiar essas passagens. Os nossos adversários prometem, hoje, o que eles não fizeram quando tiveram a oportunidade. Nós só estamos esperando o momento certo para fazer a licitação, chamar as empresas para participarem da concorrência pública e ver a que vai ganhar, para colocarmos em prática. Quanto à infraestrutura, precisamos investir muito no saneamento nos bairros e em asfaltos. Só neste momento, estamos investindo mais de R$ 30 milhões em captação de águas pluviais e pavimentação. Talvez, já no mês que vem, possamos iniciar um novo investimento no Jardim ABC de aproximadamente R$ 10 milhões. Temos, ainda, quatro escolas sendo construídas nesse momento, duas unidades de saúde e a reforma do hospital, que será entregue agora em abril.