Para os especialistas, nem mesmo se vencer as eleições em outubro, o ex-prefeito Itamar conseguirá ser prefeito de fato, pois existe um recurso no STF meramente protelatório de condenação por improbidade administrativa contra ele. Portanto, os advogados que militam no Direito Eleitoral são incisivos em dizer que, caso o Dr. Itamar logre êxito em suas pretensões eleitorais, não irá governar sob nenhuma hipótese.

Segundo os causídicos, se o ex-gestor do Executivo ganhar o pleito e o processo transitar em julgado antes da diplomação do eleito, quem assumirá será o candidato que ficar em segundo lugar nas urnas em outubro. E um detalhe: caso o processo transite em julgado após a posse do eleito, ou seja, de janeiro em diante, quem tomará posse será o vice-prefeito eleito na chapa, conforme a jurisprudência do TSE e do STF.

Possíveis mudanças

Essa informação já está circulando na cidade de Abadiânia, nas rodas de conversas sobre política e entre as lideranças do meio, já convencidas de que a candidatura do Dr. Itamar não irá muito adiante. Supondo que a população, ao tomar conhecimento deste fato, não se empenhará em votar em um candidato que não poderá ocupar oficialmente a cadeira do Executivo, o grupo político da situação já está avaliando a possibilidade de trocá-lo por outro nome dentro do prazo que a legislação eleitoral permite.

Os bastidores da política municipal fervilham com a possibilidade de uma substituição na candidatura à prefeitura. Especula-se que o ex-prefeito poderá dar lugar ao empresário Felipe do Mercado, homem de total confiança do atual prefeito Zé Diniz.