A capital federal recebe, a partir de hoje, até 31 de julho, 53 delegações de estudantes do Ensino Médio e professores de 39 países para a 21ª Olimpíada Internacional de Linguística (IOL, na sigla internacional). É a primeira vez que o evento acontece no Brasil, sendo coordenado conjuntamente pelo Instituto Vertere, pela Associação Brasileira de Linguística (Abralin) e pela UnB, que vai sediar a competição.

Segundo Bruno L’Astorina, coordenador da Vertere responsável pela IOL, a Olimpíada é um momento de congregação. “Os estudantes participam das olimpíadas de linguística de cada país e os selecionados na fase final compõem a delegação que vem para o evento internacional”, explica ele, em entrevista ao Jornal Opção Entorno. E acrescenta: “Estamos empolgados, porque é a primeira vez que a IOL acontece no país, no Hemisfério Sul e na América Latina. Acho que isso mostra uma disposição do Brasil em apostar numa educação transformadora”.

O objetivo é celebrar a diversidade linguística e cultural, além de resolver problemas que envolvam idiomas e linguística nas provas individual e em equipe. O teste em questão é realizado no idioma que o estudante escolher, mas o desafio deve ser numa língua diferente, sempre trazendo elementos que permitam ao participante interpretar e solucionar o exercício proposto.

Bruno L’Astoria: “Estamos empolgados, porque é a primeira vez que a IOL acontece no país, no Hemisfério Sul e na América Latina” (Foto: Divulgação)

De Formosa para o mundo

A programação também inclui outras atividades voltadas à cultura, entretenimento e lazer, como festas, encontros com líderes indígenas no Memorial dos Povos Indígenas, sessão de cinema no Cine Brasília, city tour pela capital e, ainda, uma excursão pelo Parque do Itiquira, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. “Uma vez que os estudantes vêm de vários lugares, existe o interesse de mostrar o que tem de bonito no nosso país e na região que está recebendo o evento. Isto inclui Brasília, que é uma cidade bastante especial em todos os sentidos, mas inclui também o Cerrado, que é um bioma maravilhoso”, afirma Bruno. “Como o Salto do Itiquira é uma cachoeira bastante majestosa e está bem inserido em um ecossistema muito rico, achamos que faria sentido levar as pessoas para esse lugar depois de terem atravessado ‘meio mundo’. Fizemos contato com o parque e com a prefeitura de Formosa. Eles nos apoiaram e ficaram lisonjeados com a proposta da visita”, detalha.

Estudantes de vários países participantes da Olimpíada vão visitar o Salto do Itiquira (Foto: Divulgação)

A secretária de Turismo e Cultura do município, Pâmella Miranda, disse à reportagem que os visitantes serão recebidos em Formosa no próximo sábado (27). “São participantes de vários países do mundo, que vão conhecer o Parque Municipal do Itiquira e o Salto do Itiquira, a maior queda d’água acessível do Brasil e um dos maiores patrimônios naturais que temos na região do Entorno. Para nós, é uma alegria enorme sermos escolhidos para receber esses alunos e vamos fazer de tudo para que eles se sintam em casa”, anunciou.

Encontro de Professores

Paralelamente ao torneio entre as delegações, a IOL promove, ainda, o primeiro Encontro de Professores, com o objetivo de divulgar a proposta pedagógica da Olimpíada, com práticas de ensino mais eficazes. Participam docentes de escolas públicas e privadas. “Uma vez que a gente organiza o evento internacional e vem professores e pesquisadores de vários países, é um momento adequado de aproveitar essa comunidade para devolver alguma coisa para a educação local”, frisa Bruno L’Astorina. “Queremos compartilhar com os docentes as boas práticas que estão ocorrendo pelo mundo”, conclui.

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