Considerada por muitos estudantes o “bicho-papão” das disciplinas, a matemática, na realidade, não precisa ser algo chato, enfadonho ou complexo demais. Na realidade, tudo é uma questão de didática. Ao se incorporar elementos lúdicos, o aprendizado pode ser até mesmo divertido. Estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Olavo Bilac, em Águas Lindas, conseguiram essa façanha, ao desenvolverem o jogo “Matblox”, que une a matemática à tecnologia.

O game é resultado do projeto “Explorando a Matemática no Roblox”, do professor Jhonatan da Silva Costa, aprovado no edital de Seleção de Projetos STEM, resultante de uma parceria entre o Ensina Brasil e a Amgen Foundation. O objetivo é dar incentivo a talentos de escolas públicas nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Foram investidos R$ 3 mil, convertidos em bolsas para os estudantes Amanda Almeida, Anna Beatriz Nascimento, Daniel Nascimento, Daniel Silva, Ester Caline Ferreira, Guilherme Wendell Duarte, José Luiz Sales, Kauã Gomes e Misael Maia.

De acordo com o docente, o projeto trabalha em duas frentes: ajuda as crianças a apreenderem melhor o conteúdo obrigatório no ano letivo e, ao mesmo tempo, permite aos estudantes terem contato com noções de programação. “Isso incentiva os alunos a pensarem possibilidades de futuro no mercado de trabalho e no mundo digital”, observa Jhonatan.

Matblox na prática

Primeiro jogo 100% digital criado no Colégio Estadual Olavo Bilac, o Matblox teve toda a sua concepção gráfica desenvolvida na plataforma Roblox, apresentando desafios que trabalham questões abordadas em sala de aula.

Os alunos têm contato com conceitos matemáticos em níveis graduais de complexidade e exploram um ambiente escolar totalmente virtual. “O Roblox foi escolhido pelos próprios estudantes, uma vez que os jogos dessa plataforma fazem parte da realidade dos alunos de Ensino Fundamental 2”, explica o professor.

O jogo traz um ambiente escolar 100% virtual (Foto: Seduc-GO)

Aprendizado lúdico

Segundo Jhonatan, o Matblox despertou nos alunos maior interesse e engajamento nas aulas. “Os estudantes que participaram do projeto desenvolveram muito a criatividade dentro e fora de sala, ao pensarem as possibilidades de inserir a aprendizagem da matemática em um jogo virtual”, pontua. O coordenador regional de Educação de Águas Lindas, Francisco Wagner Silva de Sousa, concorda: “Os alunos sentem orgulho, ao ver o colégio em que estudam dentro de uma plataforma de alcance global e sendo prestigiado por seus colegas”, frisa.

Amanda Almeida, por sua vez, que foi uma das alunas criadoras do game, diz que o Matblox foi importante para o aprendizado de cálculos matemáticos e conceitos de programação. “Esse projeto foi muito divertido. Eu acho inovador uma escola começar a incentivar a tecnologia para os alunos”, conclui.