Sede provisória da UFG é inaugurada oficialmente em Cidade Ocidental

A solenidade de inauguração da sede provisória ocorreu num momento simbólico, em que a UFG completa 64 anos e o município acaba de celebrar os aniversários de fundação (48 anos) e emancipação (34 anos). “A sensação é de alegria e dever cumprido. É a evolução, o progresso da educação chegando em Cidade Ocidental”, comemora o vice-prefeito Lulinha Viana (PP), eleito para assumir a frente da gestão do Executivo municipal a partir de 2025.

Localizado na SQ 16, o prédio terá seu aluguel arcado pela prefeitura e abrigará as atividades da UFG até que o campus, a ser implementado em uma área de 500 mil metros quadrados doada pela Empresa Sul-Americana de Montagens (Emsa), fique pronto.

Trata-se da primeira universidade federal presente no Entorno e será viabilizada em seu local definitivo a partir de um investimento, pelo governo federal, de R$ 60 milhões via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Educação Superior. Desse valor, um montante de R$ 50 milhões será destinado à edificação da estrutura, sendo 8 mil metros quadrados de área construída, enquanto R$ 10 milhões serão utilizados para adquirir equipamentos e mobiliário.

Vale destacar que, por meio do PAC para expansão do ensino universitário, está prevista, ainda, a instalação de outros nove campi pelo país, mas fora da Região Centro-Oeste.

Cursos oferecidos

Vão ser disponibilizados na UFG de Cidade Ocidental os cursos de Administração Pública, Engenharia de Software, Gestão da Saúde Digital, Gestão da Segurança, Inteligência Artificial para Gestão Pública e Segurança Cibernética, distribuídos em três eixos do conhecimento: Gestão Pública, Segurança e Tecnologia de Informação. O ingresso na estrutura provisória será por meio de vestibular. Já a sede definitiva, cuja entrega está prevista para 2026, oferecerá também oportunidades de acesso pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em fevereiro próximo, de acordo com a reitora da UFG, Angelita Pereira, começam a se instalar na sede provisória as estruturas administrativa, de informação e comunicação da universidade. “Nesse primeiro semestre de 2025, vamos fazer os concursos para professores e servidores, para que as turmas iniciem em agosto. Este é o plano. Vamos trabalhar para isso e vai dar certo”, diz, confiante. O número exato de vagas para estudantes, por sua vez, ainda será definido.

Articulação com a prefeitura

A implantação de um polo da UFG no Entorno é um projeto antigo, segundo a reitora. “Havia uma demanda da comunidade desde 2004. Em 2011, o conselho universitário da UFG já tinha aprovado a criação do campus em Cidade Ocidental, que era uma condição importante para poder entrar no programa do Ministério da Educação (MEC)”, relata.

Ela também conta que era necessário ter uma boa articulação com o gestor municipal, mas somente o atual prefeito, Fábio Correa (PP), abraçou a ideia. “Agora em novembro, assinamos um protocolo de intenções, em que a prefeitura se comprometeu a nos apoiar com infraestrutura e recursos humanos para o início das atividades. Com isso, vislumbramos o aluguel de um prédio para a sede provisória, fizemos a inspeção e achamos que o lugar era adequado”, detalha.

Corpo docente e administrativo

O presidente da comissão de implementação do novo campus da UFG e ex-reitor da universidade, Orlando Amaral, explica que, de acordo com a pactuação realizada entre a UFG e o MEC, está prevista a contratação de aproximadamente 180 professores e 200 servidores técnico-administrativos ao longo de 5 anos. “Isso não é de imediato: à medida em que os cursos avançam e mais alunos ingressam na universidade, esse número deve aumentar, até que, ao final de 5 anos, a gente tenha ‘casa cheia’”, afirma.

Segundo ele, um dos critérios do MEC para a implementação de novos campi no país, era que fossem escolhidos locais com baixa oferta de vagas na educação superior por 100 mil habitantes. “Cidade Ocidental se enquadrava nesse critério perfeitamente”, lembra. “E, é claro, a UFG tem interesse em cobrir esses ‘vazios’ no Estado de Goiás, não só no Entorno”.

Em sua avaliação, a presença de uma universidade federal reconhecida, de qualidade e muito bem consolidada trará um impacto muito positivo para o Entorno do DF. “É uma oportunidade para que jovens possam ingressar no ensino superior e sejam qualificados para a vida e para o mercado profissional”, conclui.

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