IPGC apresenta projetos de Cidades Inteligentes a municípios do Entorno

16 abril 2025 às 14h56

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O presidente do Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), Leonardo Santos, detalhou, em reunião ocorrida na tarde de ontem (15), na SEDF-GO, como funciona e as vantagens da implementação, em municípios do Entorno, de projetos de Cidades Inteligentes utilizando as Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Estavam presentes, na ocasião, o chefe de Gabinete da SEDF-GO, Gleiston de Paula; o subsecretário de Energia, Telecomunicações e Cidades Inteligentes da SGG-GO, Renato Lyra; o vice-prefeito de Planaltina, Zezinho do Planalto (UB); o secretário de Gestão Estratégica de Águas Lindas, Jorge Tadeu, entre outras autoridades.
Quatro pilares
Organização sem fins lucrativos, o IPGC já contabiliza mais de 120 projetos estruturados em municípios de 20 estados brasileiros, inclusive Goiás – em Jaraguá, Goianésia e, mais recentemente, Goiânia –, impactando em torno de 21 milhões de pessoas. “No Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR), a gente escreveu a primeira política nacional de universalização do modelo de Cidades Inteligentes”, ressaltou Leonardo Santos.
Ele esclareceu que a proposta está baseada em quatro pilares: iluminação pública eficiente, com substituição de luminárias tradicionais por LEDs em áreas urbanas e rurais, além da adoção de iluminação cênica e de destaque em pontos estratégicos; infraestrutura de telecomunicações, com wi-fi em locais públicos e Internet via fibra óptica em prédios públicos; geração de energia solar fotovoltaica, com sistemas que reduzem em até 60% a conta de energia dos órgãos municipais; e instalação de câmeras de videomonitoramento, com foco na segurança e na gestão urbana.
Para viabilizar a implementação de toda essa estrutura, Leonardo indica as PPPs, que gerariam, segundo ele, gastos significativamente mais reduzidos para as gestões municipais. “Os valores são muito menores do que as prefeituras já gastam hoje oferecendo menos serviços na forma da contratação tradicional”, garantiu.
Vantagens da PPP
O presidente do IPGC explicou que, em vez de fazer várias contratações isoladas – uma de aluguel de câmara, uma de manutenção de iluminação e uma de energia solar, por exemplo –, o município faz um único contrato, definindo as regras. “E o mais interessante: na PPP, o pagamento está vinculado ao desempenho. Se a empresa não cumprir 100% dos indicadores, no outro mês parte do valor será deduzido, como uma forma de penalizar a má gestão do parceiro privado”, frisou.
Ele citou como referência a capital goiana, que gastava em torno de R$ 9 milhões ao mês para manter a iluminação, a internet nos prédios e a energia predial, sem incluir câmeras, iluminação específica nos prédios históricos ou internet na zona rural. “Era o ‘feijão com arroz’ e gastava-se esse valor somando-se os contratos. Agora, Goiânia paga R$ 4,716 milhões tendo muito mais serviços”, comparou.
Apoio estadual

Sobre o papel do instituto nessa dinâmica, Leonardo afirmou que o IPGC é responsável pelos estudos e modelagem. “Não somos a empresa que participa de concorrência e assume os projetos. A gente faz análise da demanda dos municípios, realiza os estudos de engenharia e analisa os dados econômicos, para que a prefeitura tenha condições de buscar o parceiro privado a partir de uma concorrência”, esclareceu. “Nosso papel é fazer essa intermediação entre a prefeitura e o município”, concluiu.
O subsecretário Renato Lyra, por sua vez, ressaltou o papel da SGG para auxiliar o Entorno a aderir aos projetos de Cidades Inteligentes: “O governo do estado, por meio da SGG, está disposto a prestar apoio técnico e jurídico, para tentar tornar esses projetos realidade, porque vão transformar os municípios da região”.
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