MPGO investiga novamente o ex-prefeito de Formosa por suposto desvio de dinheiro

28 março 2025 às 12h33

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Foi desencadeada pelo MPGO, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Formosa, a operação Virabrequim, para cumprimento de três mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal, visando instruir procedimento de investigação criminal que tramita na promotoria e apura a suposta prática de crimes contra a administração pública, incluindo uso de documento falso, corrupção e peculato (desvio de dinheiro público).
O ex-prefeito Gustavo Marques é investigado por uma suposta dívida de R$ 1,5 milhão com um agiota de nome “Peixe”, que foi assassinado em 2024. A investigação apura se parte da dívida foi paga com a doação fraudulenta de imóveis públicos ao agiota e sua família, com apoio do chefe de regularização fundiária Jackson Borges de Sousa.
O MP informou que, caso as evidências sejam suficientes para a formalização das acusações, haverá o oferecimento da denúncia ao final do processo penal.
Nota da 3ª Promotoria de Formosa
Em nota, a 3ª Promotoria de Justiça de Formosa ressaltou que os mandados no âmbito da operação Virabrequim foram cumpridos nas residências dos investigados e no setor onde trabalha o servidor na prefeitura de Formosa. “O material apreendido será agora analisado pela inteligência do MPGO para instruir o procedimento investigativo. A operação contou com a participação de equipes da Polícia Civil, por meio da 11ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC)”, diz o comunicado.
A TV Anhanguera exibiu uma nota da defesa de Marques, que alega não ter tido acesso ao processo, mas que o ex-prefeito colabora com as investigações.
Histórico de investigações
Em 2024, uma investigação também conduzida pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) desvendou um sofisticado esquema de desvio milionário de recursos públicos na Prefeitura Municipal de Formosa, durante a gestão de 2017 a 2019, sob a administração do ex-prefeito Ernesto Guimarães Roller, estendendo-se até a atual administração, de 2020 a 2024, capitaneada pelo então prefeito Gustavo Marques de Oliveira.
Os investigados supostamente cobravam propinas de 20% sob contratos de licitação milionários firmados com empresas terceirizadas, conforme o MP.
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