A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) continuam a se debruçar sobre os mais de 100 processos de concorrência pública irregulares em Cidade Ocidental. As investigações fazem parte da Operação Ypervoli, deflagrada semana passada no município do Entorno. Estima-se que as fraudes ultrapassem R$ 65 milhões.

Segundo os investigadores, o pregoeiro Gabriel Paixão Ribas não dava publicidade aos editais, ferindo frontalmente o caráter competitivo das licitações. Desta forma, era possível aos fraudadores favorecerem determinadas empresas, para atender a interesses particulares. Em um dos processos suspeitos, a auditoria da CGU descobriu que o prefeito Fábio Correa (PP) havia contratado o hospital de sua própria família.

Parentes do gestor executivo também foram beneficiados a partir de licitações conduzidas irregularmente por Gabriel, já que suas empresas receberam cerca de R$ 4,4 milhões em verbas vinculadas ao Sistema Único de Saúde, sem que houvesse concorrência com outros empreendimentos, como determina a legislação.

O prefeito Fábio Correa permanece afastado do cargo por determinação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1). O governo municipal também está proibido de fechar novos contratos públicos com envolvidos na investigação.

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