Há um mês do fim do ano, o Distrito Federal e a região do Entorno contabilizam o aumento no número de feminicídios. A quantidade de mulheres assassinadas pelo fato de serem mulheres em 2023, já supera em mais de 45% os feminicídios de todo o ano de 2022. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do DF e foram atualizados até o dia 29 de agosto; portanto, esse número já está obsoleto. Oito a cada 10 dessas vítimas eram mães e praticamente 7 em cada 10 foram mortas dentro de casa.

Nessa toada pavorosa, uma mulher foi atacada com seis facadas desferidas pelo marido em Planaltina. O casal possui dois filhos, ambos com menos de dois anos de idade. Após receber a informação do crime, policiais civis iniciaram as diligências no intuito de localizar o autor, que foi preso na residência de familiares. Já a vítima foi socorrida e levada ao hospital.

Enquanto isso no DF, a 17ª DP prendeu em flagrante um idoso de 63 anos por tentativa de feminicídio na QNF, em Taguatinga. Ele teria assediado uma atendente do estabelecimento comercial, razão pela qual foi repreendido pela vítima. O autor não gostou da repreensão e esfaqueou a mulher na região do tórax.

Segundo informações da PCDF, a vítima foi submetida à cirurgia e está internada na UTI de um hospital público da região. O idoso foi autuado em flagrante, sendo recolhido à carceragem da DCCP.

Saiba como pedir socorro

Para as mulheres que vivem na região do Entorno, uma dica importante é baixar o aplicativo “Mulher Segura”, que permite o acesso direto aos serviços do Estado de Goiás para comunicar casos de violência, acionar a Polícia Militar em casos de emergência e ter à mão a localização dos batalhões e das delegacias próximas.

No Distrito Federal, a Polícia Civil proporciona atendimento no Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher (Nuiam) em parceria com os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (TJDFT), e com as Promotorias de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (MPDFT). O Nuiam presta um atendimento mais humanizado para amparar as mulheres e dar a elas condições para interromper o ciclo de violência doméstica.