A campanha eleitoral de 2024 está prestes a começar oficialmente e prefeitos que não vão disputar a reeleição se empenham em eleger sucessores afinados com suas propostas de trabalho e plataformas políticas. Depois que as eleições terminarem, eles seguem à frente de seus municípios até o fim de dezembro. A questão é: e depois?

O prefeito de Santo Antônio do Descoberto, Aleandro Caldato (UB), admite que seu foco, no momento, é trabalhar pela sucessão de seu governo, traduzida na chapa Jessica do Premium (UB) para prefeita e Alexandre de Jesus (MDB) para vice, a mesma dobradinha partidária, aliás, existente no estado.

Independentemente de quem irá sucedê-lo, Aleandro já vislumbra possíveis caminhos políticos. “Em 2026, vamos trabalhar para que haja um entendimento de que possa sim, haver uma candidatura”, declara. E traça rotas alternativas: “Uma vez que seja necessário a gente contribuir com o Poder Executivo estadual, junto com o governador Ronaldo Caiado (UB), o nosso nome estará à disposição, mas, até o momento não há, de minha parte, nenhum compromisso assumido com o Estado de Goiás”.

O gestor, apesar de não denotar certezas em sua trajetória, faz questão de apresentar suas credenciais, como uma aposta para alçar voos maiores. “Eu acredito, como um líder político de Santo Antônio do Descoberto, prefeito de dois mandatos, que ajudou a eleger o primeiro deputado estadual do município, e um dos únicos gestores que provavelmente fará sua sucessão de governo após dois mandatos, o meu nome vai ficar na história como um bom articulador político e um político com responsabilidade”, afirma, sem rodeios. “Isto me habilita a não desistir do cenário político e a ter uma projeção futura maior dentro da política”, conclui.

Possível candidatura em 2026

O prefeito Daniel Sabino diz estar focado em eleger seu sucessor, Jean Eustáquio, mas aventa a possibilidade de uma candidatura em 2026 (Foto: Divulgação)

Da mesma forma que o gestor executivo de Santo Antônio do Descoberto, o prefeito de Cristalina, Daniel Sabino Vaz (UB), também está centrado nas eleições deste ano. “Tentei uma composição, mas não consegui. Meu vice-prefeito, que está no PL, lançou candidatura à prefeitura e não quis que eu indicasse o vice da chapa. Aí, o governador Ronaldo Caiado e o vice Daniel Vilela ficariam sem representatividade em Cristalina. Então, lançamos uma chapa e estou muito focado agora na eleição municipal”, diz ele, que apoia Jean Eustáquio (MDB) para prefeito e Dr. Osório Sousa (PRD) para vice.

Porém, ele revela perspectivas quanto ao seu futuro político. “Se Deus quiser, nós teremos êxito. Aí a gente pode começar um diálogo pensando num espaço no governo do estado e, quem sabe, numa candidatura a deputado em 2026. Mas tudo isso vai depender do cenário político nessas eleições. Este é o meu posicionamento”, finaliza.

Leia também:

“Fogo amigo” na disputa pelo poder: candidatos da posição contra candidatos da posição