Curso de defesa pessoal no Entorno capacita mulheres a reagirem em situações de risco
Paulo Henrique Magdalena
01 abril 2025 às 12h59
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Embora Goiás tenha registrado uma redução significativa nos índices de criminalidade, conforme dados recentes da segurança pública, as mulheres ainda figuram como as principais vítimas de violência doméstica.
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou mais de 1.400 feminicídios em 2023, além de um aumento nas denúncias de violência contra a mulher. Os casos de estupro também seguem sendo uma realidade alarmante. Em Goiás, os crimes violentos letais intencionais (CVLI), que incluem homicídios dolosos, registraram uma redução de 9,4%, passando de 779 em 2023 para 706 em 2024. Já os feminicídios apresentaram um decréscimo de 17,4%, de 46 casos em 2023 para 38 em 2024. Apesar do número de atos violentos contra mulheres estarem em queda no estado, o assunto ainda é motivo de grande preocupação.
Diante desse cenário, o curso busca não somente capacitar as participantes para se defenderem fisicamente, mas também orientá-las sobre quando reagir e a quem recorrer em situações de vulnerabilidade. Além das técnicas de defesa pessoal, as aulas incluem informações sobre apoio jurídico, psicológico e social, ampliando a rede de proteção ao público feminino.
O prefeito Diego Sorgatto (UB) destacou a importância da ação. “As mulheres ainda são as principais vítimas, tanto da criminalidade, que as veem como frágeis, quanto dentro de casa, em relacionamentos abusivos marcados pela violência doméstica. Sem falar nos crimes de estupro, que deixam marcas profundas na vida delas. Diante dessa realidade, criamos o curso de defesa pessoal para as mulheres do município. Uma ferramenta que trará empoderamento por meio do esporte e das técnicas de artes marciais, ajudando-as a se defender em situações de perigo”.
Defesa e orientação jurídica
A participante do curso, Edilene dos Santos Ferreira, reforçou a relevância da iniciativa, afirmando que sempre teve receio de caminhar sozinha em determinados horários e locais, mas que agora se sente mais preparada. “A oportunidade de me defender em caso de perigo é essencial, uma vez que nós, mulheres, muitas vezes nos tornamos alvos de malfeitores. Além da defesa pessoal, nessas aulas temos conhecimento de como reagir em casos de agressão, além de termos orientações sobre a quem recorrer nas áreas jurídica, psicológica e social”, frisou.
Ela também pontuou o impacto positivo do projeto. “O prefeito Diego Sorgatto e os demais organizadores do projeto estão, mais uma vez, mostrando que se importam com o bem-estar e a segurança das mulheres na nossa cidade. Esse projeto pode mudar a vida de muitas delas em todos os sentidos, devido à sua amplitude e ao acesso gratuito. É gratificante para mim participar dessa importante iniciativa”, concluiu.
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