GT do Entorno confere de perto o modelo de transporte público curitibano

O Grupo de Trabalho de Transporte do Entorno do Distrito Federal (GT do Entorno), instituído em fevereiro deste ano pelo Ministério dos Transportes por meio da Portaria 129, esteve em Curitiba esta semana para conferir o modelo de mobilidade urbana na cidade, considerado referência no país pela qualidade na prestação do serviço.

As 15 pessoas que constituíram a comitiva presente na capital paranaense colheram dados que podem servir de subsídio para implementar projetos inovadores, capazes de transformar o transporte público na região do Entorno do DF.

Entre os participantes da visita técnica estavam o coordenador-geral do GT, Anderson Santos Bellas (Ministério dos Transportes); a titular da Secretaria de Estado do Entorno do DF (SEDF-GO), Caroline Fleury; o especialista em regulação Anderson Poubel, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); o analista de infraestrutura Rone Barbosa (Infra S.A.); o subsecretário de Arrecadação, Gestão e Controle de Gratuidades José Bahia Neto, da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob-DF); e outros representantes da Secretaria-Geral de Governo do Estado de Goiás (SGG-GO) e das secretarias de Ciência e Tecnologia do DF e da Economia do DF.

Novas experiências

A comitiva teve a oportunidade de visitar, entre outros locais, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) e a sede da URBS – Urbanização de Curitiba S.A., empresa que gerencia o sistema de transporte na capital paranaense, além de terminais que integram o sistema semiurbano de transporte.

O superintendente do Entorno do DF da Subsecretaria de Políticas para Cidades e Transporte da SGG-GO, Fernando de Melo e Silva, destaca que o modelo de Curitiba traz vários itens que podem ser aproveitados em um projeto para o Entorno do DF. “Buscamos trazer essas experiências para aplicar na construção do nosso modelo de governança” frisa.

Um desses aspectos diz respeito à construção de pontos de ônibus mais seguros e confortáveis aos passageiros e operação de diferentes linhas de ônibus no mesmo corredor, como uma linha expressa, dando mais opções de viagens aos passageiros.

Integração e cooperação

Vale destacar que o chamado GT do Entorno já havia realizado uma visita do tipo na Região Metropolitana de Goiânia. Com as informações colhidas, o Grupo deverá elaborar um relatório enumerando medidas que podem ser aplicáveis ao Entorno do DF. O prazo, para isso, é de seis meses a partir da criação do GT, prorrogável por mais três.

Para Caroline Fleury, o trabalho desenvolvido pelo GT está no caminho certo. “Defendemos, desde o início, a integração e a governança compartilhada entre Goiás, DF e União como a base para qualquer transformação. Seja no modelo implantado pelo governo de Goiás na Grande Goiânia, seja em Curitiba, o sucesso do sistema passa pela integração e cooperação”, conclui.

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