Hora das mulheres: Damares Alves planeja disputar o governo do DF contra Celina Leão

26 novembro 2023 às 14h27

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Atribui-se ao político mineiro Tancredo Neves a frase de que, em política, não existe cedo — só tarde. Se isto for mesmo verdadeiro, a eleição para governador do Distrito Federal está mais “próxima” do que se imagina, ou seja, será realizada daqui a dois anos e 10 meses. Um pulinho, como dizem os políticos.
Em Brasília, sobretudo nos bastidores, os políticos estão conversando, articulando, armando possíveis alianças para a disputa do governo e do Senado em 2026.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse, para consumo público, que poderá ficar no governo até o dia 31 de dezembro de 2026, ou seja, até o final. Entretanto, dentro de seu governo não tem uma viv’alma que acredita neste papo para inocente dormir. O governador planeja disputar mandato de senador, até para se blindar, se eleito, por oito anos.
A vice-governadora Celina Leão Hizim, do pP, já está colocando seu bloco nas ruas, com o apoio declarado de Ibaneis Rocha, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do pP.
Por ter o apoio da máquina, sobretudo de um governador que apresenta um cartel de obras relevante, Celina Leão é, desde já, apontada como favorita por vários políticos locais.
Entretanto, se tem um padrinho forte, Ibaneis Rocha, Celina Leão pode encontrar, pelo caminho, uma montanha — a senadora Damares Alves, do Republicanos.
Se perder para o governo em 2026, Damares Alves continua no Senado por mais quatro anos. A rigor, não perde nada, pois manterá seu nome na mídia e continuará lembrada pelos eleitores.
Em 2022, Damares Alves foi eleita senadora, com 44,98% dos votos válidos, bem à frente de Flávia Arruda (pP), ex-mulher do ex-governador José Roberto Arruda.
Por ter sido ministra e por ser evangélica, Damares Alves tem luz própria, mas não teria sido eleita, possivelmente, sem o apoio de Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro, então, respectivamente, primeira-dama e presidente da República.
Flávia Arruda era favorita, mas, quando Michelle Bolsonaro entrou na parada — com o apoio meio subliminar de Jair Bolsonaro —, o jogo desequilibrou-se pró-Damares Alves, que foi eleita.
Para 2026, se Michelle Bolsonaro for candidata a senadora pelo PL, no Distrito Federal, Damares Alves deverá disputar o governo mais com o objetivo de alavancar a postulação da amiga e grande general eleitoral de 2022.
O Partido Verde pode bancar, mais uma vez, seu pupilo Leandro Grass, que na disputa pelo governo, em 2022, obteve 26,25% dos votos válidos. Ibaneis Rocha ficou com 50,30%. Mas é significativo que 49,7% disseram “não” ao governador.
O PT poderá apoiar Leandro Grass ou lançar candidato próprio, como Chico Vigilante, Érika Kokay ou Rosilene Corrêa (foi a terceira mais votada para o Senado, como uma votação expressiva: 323.021 votos).
Com duas candidatas fortes da direita — Damares Alves e Celina Leão —, vai ser difícil a esquerda, com Leandro Grass ou um postulante do PT, se colocar, de maneira viável, para a disputa do governo do DF.
Atribui-se ao político mineiro Tancredo Neves a frase de que, em política, não existe cedo — só tarde. Se isto for mesmo verdadeiro, a eleição para governador do Distrito Federal está mais “próxima” do que se imagina, ou seja, será realizada daqui a dois anos e 10 meses. Um pulinho, como dizem os políticos.
Em Brasília, sobretudo nos bastidores, os políticos estão conversando, articulando, armando possíveis alianças para a disputa do governo e do Senado em 2026.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse, para consumo público, que poderá ficar no governo até o dia 31 de dezembro de 2026, ou seja, até o final. Entretanto, dentro de seu governo não tem uma viv’alma que acredita neste papo para inocente dormir. O governador planeja disputar mandato de senador, até para se blindar, se eleito, por oito anos.
A vice-governadora Celina Leão Hizim, do pP, já está colocando seu bloco nas ruas, com o apoio declarado de Ibaneis Rocha, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do pP.
Por ter o apoio da máquina, sobretudo de um governador que apresenta um cartel de obras relevante, Celina Leão é, desde já, apontada como favorita por vários políticos locais.
Entretanto, se tem um padrinho forte, Ibaneis Rocha, Celina Leão pode encontrar, pelo caminho, uma montanha — a senadora Damares Alves, do Republicanos.

Se perder para o governo em 2026, Damares Alves continua no Senado por mais quatro anos. A rigor, não perde nada, pois manterá seu nome na mídia e continuará lembrada pelos eleitores.
Em 2022, Damares Alves foi eleita senadora, com 44,98% dos votos válidos, bem à frente de Flávia Arruda (pP), ex-mulher do ex-governador José Roberto Arruda.
Por ter sido ministra e por ser evangélica, Damares Alves tem luz própria, mas não teria sido eleita, possivelmente, sem o apoio de Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro, então, respectivamente, primeira-dama e presidente da República.
Flávia Arruda era favorita, mas, quando Michelle Bolsonaro entrou na parada — com o apoio meio subliminar de Jair Bolsonaro —, o jogo desequilibrou-se pró-Damares Alves, que foi eleita.
Para 2026, se Michelle Bolsonaro for candidata a senadora pelo PL, no Distrito Federal, Damares Alves deverá disputar o governo mais com o objetivo de alavancar a postulação da amiga e grande general eleitoral de 2022.
O Partido Verde pode bancar, mais uma vez, seu pupilo Leandro Grass, que na disputa pelo governo, em 2022, obteve 26,25% dos votos válidos. Ibaneis Rocha ficou com 50,30%. Mas é significativo que 49,7% disseram “não” ao governador.
O PT poderá apoiar Leandro Grass ou lançar candidato próprio, como Chico Vigilante, Érika Kokay ou Rosilene Corrêa (foi a terceira mais votada para o Senado, como uma votação expressiva: 323.021 votos).
Com duas candidatas fortes da direita — Damares Alves e Celina Leão —, vai ser difícil a esquerda, com Leandro Grass ou um postulante do PT, se colocar, de maneira viável, para a disputa do governo do DF.
O bolsonarismo planeja ter um enclave de oposição ao petismo em Brasília.
Michelle Bolsonaro para o Senado

A disputa para o Senado vai ser dura, pois os senadores Leila do Vôlei, do PDT, e Izalci Lucas, do PSDB, certamente vão disputar a reeleição. A professora Rosilene Corrêa, goiana que reside em Brasília, é cotada para ser candidata pelo PT. Ibaneis Rocha quer uma das duas vagas.
Há também o ex-senador José Antônio Reguffe, que, rifado pelo União Brasil em 2022, poderá disputar mandato de senador ou de deputado federal em 2026. Ele tem uma imagem positiva — de político decente — em Brasília. O que lhe falta, talvez por sua “intransigência”, é grupo político. Até outsiders andam precisando de grupo de sustentação. Para ganhar uma eleição, é preciso ter méritos pessoais, mas o que leva à vitória é a musculatura geral dos apoiadores.
Paulo Octávio ficou em terceiro lugar para governador, em 2022. É o caso do político que tem muito dinheiro e pouco voto. Com estrutura adequada, ele pode disputar tanto mandato de governador quanto de senador ou deputado federal. O que quer mesmo é participar do jogo político.
Frise-se que, com Michelle Bolsonaro no jogo, muita gente boa pode sair correndo para… disputar mandato de deputado federal. (E.F.B.)