Foi protocolado o pedido de cassação do prefeito afastado de Cidade Ocidental e de seu vice, atual candidato à cadeira do Executivo

A Câmara Municipal de Cidade Ocidental recebeu o pedido de cassação do prefeito afastado Fábio Correa (PP). Ele está sendo investigado pela Polícia Federal por envolvimento em um esquema de corrupção. O montante desviado ultrapassa R$ 65 milhões dos cofres públicos. Também foi protocolado um pedido de cassação do atual prefeito e candidato Lulinha Viana (PP). Ele é acusado de uma suposta agressão ocorrida há cinco anos atrás.

Durante a sessão, a maioria dos vereadores se retirou do plenário. Sem quórum, a votação não aconteceu. Segundo o vereador Robson Campos (UB), que se posicionou a favor do pedido de cassação do prefeito Fábio Correa, a operação da Polícia Federal deu indícios claros de que houve corrupção e desvio de dinheiro, ao longo do mandato do gestor. “Isso já caracteriza um processo de cassação do prefeito, que foi protocolado na Câmara. Eu sou favorável ao pedido e à cassação, uma vez que ele está sendo investigado por esse suposto crime de desvio de dinheiro”, frisou Campos.

Sobre o vice-prefeito Lulinha, o parlamentar foi mais cauteloso: “Em relação ao vice, ao Lulinha, eu não me aprofundei sobre o assunto. Trata-se de um crime de agressão que aconteceu há cerca de cinco anos, se não me engano. Não houve um processo transitado em julgado. Fica difícil a gente ter um julgamento mais preciso”, finalizou.

Entenda o caso

Uma investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) resultou no afastamento de Fábio Correa, prefeito de Cidade Ocidental, após a descoberta de indícios de fraude e de superfaturamento em contratos públicos. O valor desviado é estimado em mais de R$ 65 milhões.

Correa foi o principal alvo da Operação Ypervoli, deflagrada no início de setembro. Reeleito em 2020, o prefeito nega veemente as acusações. Na época, por meio de nota oficial, ele afirmou que sua gestão sempre agiu com “legalidade e transparência”.

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