Prefeitura de Valparaíso responde às denúncias sobre crise na saúde

25 março 2025 às 13h13

COMPARTILHAR
A gestão se posicionou em relação às acusações de demissões em massa, atrasos nos pagamentos de rescisões, falta de insumos e suposta precariedade no atendimento. Segundo a prefeitura, “não houve uma demissão em massa no mês de fevereiro, mas sim um ajuste no quadro de profissionais com base em critérios técnicos”. A medida teve como objetivo “reduzir a folha de pagamento, visando qualificar os serviços de saúde e manter a eficiência financeira conforme as necessidades do setor e a disponibilidade de recursos municipais”.
Quanto às rescisões dos funcionários demitidos, a prefeitura esclareceu que “o cronograma de pagamento é de responsabilidade da empresa prestadora de serviço ASM (Associação Saúde em Movimento)”. A Secretaria Municipal de Saúde informou que “já notificou a empresa para regularizar os encargos trabalhistas” e confirmou ainda que “existe uma programação para o redimensionamento da força de trabalho”. O objetivo é “garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados nos postos de saúde do município”.
Insumos e condições de trabalho
Sobre a falta de insumos, a prefeitura apontou que “o reabastecimento das unidades de saúde é uma prioridade”. No entanto, disse que “não tem conhecimento sobre a escassez de materiais básicos mencionada na matéria anterior”.
Em relação às acusações de precariedade no sistema, a Secretaria de Saúde afirmou que “o setor passa por um processo de estruturação técnica e administrativa”. A pasta destacou “seu compromisso em melhorar os processos relacionados à assistência à saúde” e reforçou a importância de manter “o diálogo com a população e os profissionais”.
Saiba mais

O sistema de saúde de Valparaíso de Goiás tem enfrentado diversos desafios desde o início de 2025. Entre as principais queixas estão atrasos salariais, falta de insumos essenciais e condições precárias de trabalho. Recentemente, os médicos do CAIS e do Hospital Municipal paralisaram os atendimentos devido ao atraso no pagamento dos honorários e à falta de medicamentos e equipamentos necessários.
O necrotério foi apontado como inadequado e o raio-x do Hospital Municipal de Valparaíso (HMV) permanecia inoperante há meses. Além disso, houve uma significativa redução no quadro de profissionais de saúde, incluindo enfermeiros, psicólogos e outros funcionários essenciais, o que tem gerado preocupação entre os pacientes e a população em geral.
Leia também:
Demissão em massa e falta de insumos agravam a crise da saúde em Valparaíso de Goiás