Mercadão de Águas Lindas será entregue em janeiro de 2025
27 novembro 2024 às 17h46
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Com recursos oriundos do Fundo de Proteção Social (Protege) e coordenada pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), em parceria com o Goiás Social, a iniciativa irá beneficiar comerciantes dos municípios circunvizinhos ao DF.
Em Águas Lindas, as obras estão praticamente concluídas, com inauguração prevista para janeiro, enquanto em Santo Antônio do Descoberto os trabalhos começaram em agosto.
Joel de Sant’Anna Braga Filho, secretário da SIC, destacou a importância do projeto, ao abordar os problemas das feiras tradicionais no Entorno. Segundo ele, essas estruturas a céu aberto são parte da cultura local, com forte influência nordestina, e atraem milhares de pessoas, mas enfrentam sérios desafios no que se refere às condições de funcionamento e higiene. “Algumas, como a de Santo Antônio do Descoberto, chegam a reunir três, quatro ou até cinco mil pessoas no meio da rua, em condições precárias e sem preparo. Apesar disso, são muito conhecidas por sua gastronomia típica, que faz grande sucesso”, observa Joel.
O Ministério Público, conforme relatou o secretário, já havia proibido a realização de uma das feiras mais populares de Santo Antônio. “Lá, uma praça que era originalmente destinada a apresentações culturais foi invadida e transformada em feira. Diante dessa situação, o governador Ronaldo Caiado, que já acompanhava o problema desde sua época como deputado, idealizou a criação de um equipamento adequado. Foi assim que nasceu o projeto dos mercadões, desenvolvido pela Secretaria de Indústria e Comércio”, explicou.
Estrutura e serviços
O mercadão de Águas Lindas será o primeiro a ser entregue, com uma estrutura moderna que inclui 310 boxes no térreo, destinados a hortifrutigranjeiros, além de espaços refrigerados para carnes e açougues. “O pé-direito será de oito metros, com ar-condicionado e câmaras frigoríficas para garantir a qualidade dos produtos. No segundo andar, haverá uma praça de alimentação completamente mobiliada, uma exigência da primeira-dama, para garantir dignidade aos trabalhadores e consumidores. O projeto também inclui áreas para artesanato e um espaço do Vapt Vupt, que será transferido de um prédio alugado para dentro do mercadão, gerando movimento e facilitando o acesso a serviços públicos”, detalhou Joel.
Além de Águas Lindas, os mercadões de Valparaíso e Santo Antônio do Descoberto já estão em andamento. Em Luziânia, no distrito do Jardim Ingá, está em fase de licitação. Outros municípios contemplados incluem Novo Gama, Cidade Ocidental e Cristalina, totalizando sete cidades do Entorno. “Esse equipamento é mais do que um centro comercial; ele representa um atrativo gastronômico e turístico para a região. Inspirado no Mercadão de São Paulo, mas adaptado às necessidades locais, o projeto conta com 8.500 metros quadrados e integra energia solar, o que ajuda a reduzir os custos de operação, beneficiando diretamente os feirantes. Além disso, a estrutura utiliza brises metálicos para ventilação natural, garantindo conforto térmico e a preservação dos alimentos”, destacou o secretário.
Agricultura familiar em destaque
Outro ponto forte do projeto é o apoio à agricultura familiar, com um espaço reservado para que pequenos produtores locais comercializem seus produtos de forma artesanal e em condições apropriadas. “Esse é um passo importante para promover a economia regional e valorizar o trabalho dos agricultores”, ressaltou Joel.
A segurança pública também desempenhou um papel essencial para a viabilização da iniciativa. Segundo o secretário, a instalação de batalhões em cidades como Águas Lindas, Novo Gama, Cidade Ocidental e Valparaíso foi determinante para transformar a região, que antes figurava entre as mais perigosas do Brasil. “Hoje, Águas Lindas está completamente transformada. Isso prova que, com segurança e estrutura, é possível resgatar a dignidade das pessoas e fomentar o desenvolvimento”, pontuou.
O projeto Mercadão busca oferecer estruturas modernas e funcionais para feirantes e artesãos, substituindo as condições precárias enfrentadas atualmente. Além disso, promove a inclusão, a sustentabilidade e o lazer, revitalizando as feiras tradicionais em um ambiente mais organizado e higiênico. “Este é mais do que um centro de comércio. É um equipamento que resgata a dignidade dos feirantes, cria um ponto de referência para o turismo e a gastronomia na região, e transforma a realidade econômica do Entorno do Distrito Federal”, concluiu Joel.
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