O Jornal Opção Entorno conversou com a secretária municipal de Turismo e Cultura de Alexânia, que organiza o evento. A 99ª edição acontece no Centro Histórico, com atividades na Praça Santo Antônio e na Igreja Matriz. Criada na década de 1970 pela professora Laís Aderne, da Universidade de Brasília (UnB), tudo começou com uma troca simples de produtos entre artesãos e visitantes, e tornou-se um marco cultural nos arredores do DF ao longo dos anos.

A programação inclui desde teatro humorístico até bandas de rock e apresentações sertanejas. “A feira tem uma história desde 1974 e as pessoas vêm automaticamente, porque sabem que acontece sempre em junho e dezembro”, divulga Lucélia Roriz, secretária de Turismo e Cultura.

As atividades começam nesta sexta às 18h e continuam no sábado das 9h às 2h da manhã, com encerramento no domingo, das 9h às 14h. Segundo Lucélia, ainda há vagas nas pousadas locais. “Olhos d’Água é um lugar que, quem vem pela primeira vez, sempre quer voltar e é muito importante para o turismo e para a economia local”, acrescenta.

Lucélia Roriz: “Olhos d’Água é um lugar que, quem vem pela primeira vez, sempre quer voltar”

Mais de 100 artesãos participam desta edição, muitos deles dependendo da feira para sua renda. “Eles trabalham durante seis meses criando peças e, durante a feira, têm a chance de vender. As pousadas ficam lotadas e até em Corumbá, que fica próximo, recebemos turistas”, destaca a secretária.

Atrações especiais

Uma das atrações é a banda Evolk, criada em Anápolis, em 2022, e formada por Pedro Melazzo (vocalista), João Victor (guitarrista), Pedro Marques (tecladista), Brunno Adorno (baixista) e Breiner (baterista). Segundo Pedro Melazzo, o projeto começou como uma reunião informal de pessoas apaixonadas por música. “No intuito de juntar os amigos em casa e tocar as músicas que mais gostamos, devagar as coisas foram crescendo e se profissionalizando até o atual momento”, relata.

A banda Evolk leva o melhor do rock para a Feira do Troca. Foto: Divulgação

Com influências de britpop, como Arctic Monkeys, Oasis, Coldplay e The Strokes, a Evolk participa pela quarta vez consecutiva da programação da feira. “Nossas expectativas são sempre as maiores. Esperamos uma boa estrutura e um público animado, para a festa ser incrível e inesquecível”, afirma Melazzo.

O vocalista da Evolk também enxerga a Feira do Troca como um movimento indispensável para a cultura e a economia da região. “Não é só uma festa: é um encontro de gerações, culturas, tradições e novidades. Festas assim precisam do apoio da sociedade e do governo para entregar o melhor ao povo da cidade”, avalia. Ele ainda sugere mais eventos ao longo do ano para fomentar a música e a arte em Olhos d’Água.

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