Polêmica em Luziânia com a prisão do vereador eleito Dernival da Cruz Maia, do PCdoB
18 novembro 2024 às 13h42
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O crime ocorreu em 7 de novembro, quando Robson invadiu a casa da ex-companheira e atirou contra ela e o atual namorado, Luiz Magno. Luiz foi atingido na cabeça e morreu após oito dias de internação hospitalar.
Já a mulher, baleada na mão, segue hospitalizada e corre o risco de perder os movimentos do braço. Robson fugiu da cena do crime utilizando o carro do vereador Dernival Maia. Na ocasião, o parlamentar alegou ter sido coagido a ajudar o criminoso na fuga. Segundo ele, Robson teria entrado à força no veículo quando ele saía de casa.
Apesar da explicação, a Polícia Civil encontrou contradições no depoimento de Maia e nas imagens obtidas. Por esse motivo, sua prisão temporária foi solicitada para aprofundar as investigações. O caso gerou grande repercussão em Luziânia e levantou dúvidas sobre o envolvimento do vereador na ação.
Partido defende o vereador
O presidente do PCdoB de Luziânia, Edinan Braúna, saiu em defesa de Maia, destacando que o vereador agiu sob coação. “No momento em que o autor sai da cena do crime, ele corre em direção ao carro do vereador e o obriga a levá-lo a outro local. Ele nem sequer deixou o vereador fechar o portão de casa”, afirmou Braúna.
O presidente reforçou que essa dinâmica demonstra que não houve qualquer tipo de parceria entre Maia e o criminoso. “Se houvesse, o encontro não teria sido na porta de casa e Robson não precisaria forçá-lo a sair imediatamente”, completou.
Braúna também falou, ainda, sobre o comportamento de Maia após o ocorrido. “O vereador voltou para casa e encontrou dois policiais militares na porta. Ele estava disposto a registrar a ocorrência, mas foi orientado pelos agentes a aguardar, pois a situação ainda estava sendo investigada”, explicou. Após isso, Maia teria comparecido a um evento oficial e esperado por novas orientações. “Ele não tentou se esconder nem dificultou o trabalho da polícia”, frisou.
O presidente do partido ressaltou a boa reputação do vereador na comunidade. “Ele é morador do Jardim Ingá há mais de 30 anos, um trabalhador conhecido e de boa índole. Sempre teve uma postura ilibada. Não vemos motivos para essa prisão temporária”, argumentou Braúna. Ele destacou, ainda, que o parlamentar entregou seu celular para as investigações e está à disposição da Justiça. “Maia quer que tudo seja esclarecido e está cooperando com o que for necessário”.
Braúna criticou o fato de a prisão ter ocorrido às vésperas de um feriado. “A prisão foi decretada em uma quinta-feira e, no dia seguinte, caiu para análise de um juiz de plantão, que não avalia o mérito da prisão, apenas as formalidades. Isso atrasou os esforços para sua defesa”. Ele acrescentou que o partido acionou sua equipe jurídica imediatamente para cuidar do caso. “Estamos confiantes de que, em breve, Maia será solto e poderá dar satisfações à comunidade e aos seus eleitores”, concluiu.
O caso segue em segredo de justiça e está sendo investigado pela Polícia Civil de Luziânia. Robson Lima Marques, autor do crime, continua foragido A arma utilizada no crime e o carro de Maia, usado na fuga, foram apreendidos pela polícia. Enquanto isso, a defesa do vereador aguarda o andamento do processo para esclarecer os fatos.
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