Casos de dengue acendem o alerta vermelho no município de Formosa

27 fevereiro 2025 às 14h41

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Nestes dois primeiros meses de 2025, o Hospital Estadual de Formosa (HEF) registrou um número crescente de pacientes que procuraram a unidade com sintomas típicos da dengue, como febre alta e dores intensas pelo corpo. Foram 449 atendimentos relacionados à doença, sendo 259 apenas em janeiro e outros 190 na primeira quinzena de fevereiro.
Os números acenderam o alerta no município. Segundo Alessandro Vidal, coordenador da Vigilância Ambiental em Formosa, apesar do cenário preocupante, já existem quatro frentes organizadas para conter o avanço da dengue no município. A primeira delas é o Comitê Estratégico de Enfrentamento às Arboviroses, que reúne diferentes órgãos para promover ações de prevenção.
A segunda frente é o chamado “Dia D”, que está ocorrendo hoje (27) no município, uma espécie de mutirão em que vários esforços são concentrados numa data para mobilizar a mídia, comunidade, servidores públicos, voluntários e instituições, a fim de ampliar o alcance de ações educativas e de conscientização.
Essa iniciativa conta com diversas atividades, como palestras educativas, apresentações para crianças, pedágios educativos e estandes com informações sobre as arboviroses, além da vacinação contra a dengue.
Já a terceira frente estratégica está voltada ao controle da proliferação do mosquito, com a atuação dos agentes de saúde, que realizam visitas domiciliares para eliminar focos. Por fim, a quarta frente está focada na limpeza da cidade, priorizando os bairros com maior incidência da doença.

Apoio estadual e federal
Além das ações municipais, o enfrentamento à dengue conta com o apoio dos governos estadual e federal. O Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), fornece suporte técnico, monitoramento e capacitação de profissionais para diagnóstico e tratamento da doença. Já o governo de Goiás, por intermédio da Regional de Saúde, coordena e assessora as ações municipais de vigilância e controle das arboviroses.
Com essas iniciativas integradas, a administração do município espera controlar a incidência do mosquito e evitar mortes. “O combate ao Aedes aegypti deve ser contínuo e contar com o esforço de todos. Apenas com a participação ativa da comunidade será possível reduzir os casos da doença”, frisa Alessandro Vidal.
Participação da comunidade
A população pode contribuir realizando medidas simples e efetivas, como a limpeza de seus próprios imóveis. “Ao retornar para casa, é essencial que cada pessoa coloque em prática as orientações recebidas, como eliminar qualquer tipo de criadouro do mosquito”, ensina Vidal.
Isso inclui acabar com a água acumulada em recipientes como pneus, garrafas, caixas d’água, vasos de plantas e calhas. “Também é importante ficar atento a pequenos focos que, muitas vezes passam despercebidos, como bandejas de ar-condicionado e tampas de potes”, assinala.
Para reforçar o combate à dengue, o município também conta com uma força-tarefa de fiscalização. “Temos uma equipe responsável por atender denúncias e vistoriar locais que apresentam riscos à saúde pública devido ao acúmulo de focos do mosquito”, explica o coordenador da Vigilância Ambiental. “Algumas pessoas já foram autuadas por não manterem seus imóveis limpos”.

A prefeita de Formosa, Simone Ribeiro (PL), em suas redes sociais, reforçou a importância da participação da comunidade: “A gente sabe que o envolvimento da população é importante para que esses mosquitinhos não afetem a nossa vida. É importante todo o processo que a Secretaria de Saúde tem feito, mas se você não tirar 10 minutos da sua semana para limpar o seu quintal, de nada adianta. Faça a sua parte”.
Os próprios moradores podem denunciar situações irregulares pelo disque-denúncia (3981-1163), em horário comercial.
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