Município de Alto Paraíso inicia a implantação do Programa Farmácia Viva

A cidade da Chapada dos Veadeiros, que faz parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF), está dando um passo importante na valorização da medicina natural e no fortalecimento do setor primário de saúde com a implantação do Programa Farmácia Viva. O projeto tem como objetivo oferecer alternativas terapêuticas baseadas no uso seguro e cientificamente embasado de plantas medicinais, uma prática já amplamente adotada pela população local.

De acordo com a vice-prefeita e secretária de Saúde de Alto Paraíso, Helena Maria da Conceição Gomes (PRD), os trabalhos já tiveram início com a preparação do terreno para a construção do viveiro de plantas medicinais. O espaço, localizado ao lado do hospital municipal e da Secretaria de Saúde, contará com uma estufa e um horto para o cultivo das espécies que serão utilizadas na produção dos medicamentos fitoterápicos.

“A maioria da população da nossa região já faz uso de plantas medicinais. O projeto vem para trazer mais segurança a essa prática, garantindo um processamento adequado das ervas em um laboratório especializado, que será instalado dentro da própria Secretaria de Saúde”, afirmou a secretária. Segundo ela, profissionais da saúde acompanharão todo o processo para assegurar a qualidade e eficácia dos produtos.

Envolvimento da comunidade

A Farmácia Viva também busca ampliar o acesso da população a tratamentos alternativos, reduzindo a dependência de medicamentos industrializados e promovendo uma saúde mais natural e acessível. Helena ressaltou que a prática da fitoterapia é culturalmente enraizada na região e que o projeto vai fortalecer ainda mais essa tradição, proporcionando capacitação aos profissionais da saúde e conscientizando a população sobre os benefícios das plantas medicinais.

A comunidade terá papel fundamental na iniciativa. A secretária frisou que a população será envolvida ativamente no projeto, seja compartilhando conhecimentos sobre as plantas medicinais, seja participando diretamente do cultivo e processamento dos medicamentos. “Teremos um projeto aberto, em que as pessoas poderão participar, aprender e também ensinar. Muitas vezes, a população já faz uso de remédios naturais sem saber da extensão de seus benefícios”, pontuou.

A ação conta, ainda, com parcerias institucionais, tendo surgida a partir de um edital do Ministério da Saúde, e recebe apoio de diversas frentes, incluindo o Banco do Nordeste (BNB), além de outros parceiros que estão sendo mobilizados para contribuir com o desenvolvimento e manutenção do programa. A ideia é que, com o suporte de diferentes entidades, a iniciativa possa crescer e atender um número cada vez maior de pessoas, garantindo que os fitoterápicos sejam uma opção viável para o tratamento de várias doenças.

Impactos na saúde municipal

Sobre a previsão para o início efetivo da distribuição das medicações feitas à base de plantas medicinais, a secretária esclareceu que ainda não há uma data definida. “O processo envolve várias etapas, desde a preparação do terreno até as adequações estruturais e a licitação dos equipamentos. Mas já iniciamos os trabalhos e cada fase nos aproxima mais da implementação definitiva”, ressaltou.

Helena também lembrou que o projeto vai beneficiar diretamente o sistema de saúde pública do município, podendo reduzir custos com medicamentos e promover uma abordagem mais preventiva em diversos tratamentos. “Os fitoterápicos podem atuar no combate a inflamações, doenças respiratórias, problemas digestivos e muitos outros quadros, sempre com o acompanhamento adequado de profissionais da saúde”, salientou.

Por fim, a secretária reforçou a importância do engajamento popular e do voluntariado no programa. “Quem quiser ajudar, será muito bem-vindo. Precisamos de mão de obra e apoio, seja na implantação do viveiro, no plantio ou em outras atividades. É um projeto de grande relevância para a saúde da população e todo auxílio será fundamental”, concluiu.

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