Entre os nomes envolvidos está o de Marques Zedex Alves da Silva (PSDB), ex-vereador e atual chefe de gabinete do prefeito de Alexânia, Warley Gouveia (Pode). Ele teve sua autorização de serviço de instrutor de autoescola suspensa por fraude. Marques é proprietário do Centro de Formação de Condutores (CFC) Objetiva.

A auditoria identificou que os instrutores deveriam estar em uma pista do Detran para fazer a validação facial e digital, mas foram flagrados em locais impróprios, como dentro de residências, veículos de quatro rodas e até banheiros. Alguns estavam fumando, outros dentro da cozinha ou na sala de casa, em total desacordo com as normas exigidas para a realização das aulas práticas.

Marques Zedex Alves da Silva, ex-vereador é o proprietário do Centro de Formação de Condutores (CFC) Objetiva

O que diz o Detran

Em nota, o Detran-GO detalhou as infrações encontradas durante a auditoria. “Foram identificadas situações como a abertura de aulas sem camisa, dentro de residências ou veículos de quatro rodas, fumando durante o processo, utilizando outro celular para tirar foto e dentro de cômodos da casa, como quarto e cozinha”.

Além de comprometer a qualidade da formação dos condutores, essas fraudes afetam diretamente a segurança no trânsito. O Detran-GO reforçou que medidas rigorosas continuarão sendo adotadas para coibir práticas irregulares e garantir um processo de formação de condutores transparente e seguro. A instituição segue vigilante para evitar fraudes e assegurar que os candidatos à habilitação recebam o treinamento adequado.

Os Centros de Formação de Condutores (CFCs) credenciados devem garantir a realização das aulas conforme as exigências do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que determina um mínimo de 20 horas-aula para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A e 15 horas-aula para adição dessa categoria. Atualmente, o registro das aulas no Detran-GO é feito por meio de biometria facial ou digital do instrutor e do aluno.

A reportagem do Jornal Opção Entorno entrou em contato com Marques Zedex e com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Alexânia. Marques, por ora, preferiu não se manifestar e aguarda a orientação de seu advogado. Já a prefeitura, até o fechamento desta reportagem, não se manifestou. O espaço segue aberto.

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