Entorno se movimenta para a segunda fase do Exporide 2025

O Programa Integrado de Desenvolvimento Regional e Transformação Digital das Cadeias Produtivas e Municípios da RIDE-DF e Entorno (Exporide) chega à sua segunda fase, composto de diversas ações ao longo de 2025, abrangendo 12 cidades da Região Metropolitana do Entorno (RME) e 35 regiões administrativas do Distrito Federal.

A iniciativa é do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese-DF), tendo apoio de entidades como a Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (AMAB). “Vão ser investidos R$ 6 milhões, sendo 50% do Governo do Distrito Federal (GDF) e 50% do Governo de Goiás”, informa Leonardo Ávila, presidente do Codese-DF.

Esta semana, ele esteve em reunião com a secretária do Entorno, Caroline Fleury, para discutir o tema. “Ela se mostrou bastante interessada e irá conversar com as demais secretarias, para que possam colaborar e também se envolver com o projeto, uma vez que o estado vai bancar metade do valor necessário e o GDF a outra metade”, relata. Já ficou acertado, por exemplo, o agendamento de reuniões com as secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-GO) e da Retomada.

Etapa mais ampla

Segundo Leonardo, a primeira fase do Exporide foi voltada ao diagnóstico da situação dos municípios, com elaboração e exibição de 28 propostas de inovação e desenvolvimento dessas cidades. “A segunda etapa é bem mais ampla e apresentamos um material no Conselho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Coaride), mostrando um pouco sobre o que faremos desta vez”, destaca.

Para Caroline Fleury, o Exporide em 2024 teve um balanço bastante positivo e é preciso, agora, dar sequência ao processo. “Precisamos trabalhar mais fortemente a capacitação dos atores políticos e servidores públicos, a fim de dar continuidade ao programa e os municípios possam encontrar o caminho do desenvolvimento, independentemente de mudança de gestores”, enfatiza.

Eixos estratégicos

Ao longo desta segunda fase, serão trabalhados quatro eixos estratégicos: governança colaborativa, fortalecimento das capacidades institucionais, transformação das cadeias produtivas e consolidação do programa. Como no ano passado, estão previstas várias atividades, como os hackatowns, maratonas de inovação envolvendo agentes públicos municipais e a comunidade para o desenvolvimento de soluções para os municípios.

Também está na programação do Exporide 2025 a implantação de escritórios de projetos nas cidades, a aceleração de protótipos dessas iniciativas e capacitação em modelagem de projetos, assim como identificação e formação de arranjos produtivos locais (APLs), articulação com stakeholders e fortalecimento da comunicação institucional, entre outras diversas ações.

Ivelise Longhi, líder do Eixo de Desenvolvimento Urbano do Codese-DF, esclarece que a ideia é fazer um planejamento estratégico e cartilhas com organização dos dados colhidos durante o diagnóstico dos municípios, realizado na primeira fase do Exporide. “Só com essas informações é possível propor políticas públicas. E pretendemos também continuar com os hackatowns, já com outro formato, para que possamos montar uma rede das cadeias produtivas dessas cidades”, afirma. “Queremos também incentivar pequenos empreendedores, para fomentar a geração de empregos”.

Ela frisa que o desenvolvimento do Entorno impacta positivamente não somente a vida da população desses municípios, mas também o próprio Distrito Federal. “Com as cidades mais estruturadas e autônomas, os moradores não precisam se deslocar ao DF em busca de serviços essenciais, porque vão estar disponíveis nas localidades onde residem”, conclui.

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