Grupos de pedal nas cidades do Entorno combatem o sedentarismo
23 julho 2024 às 12h37
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Os grupos de pedal proporcionam, além da oportunidade de se exercitar e melhorar a saúde física, a socialização e novas amizades. A união entre os ciclistas cria uma comunidade forte, em que o apoio mútuo e a troca de experiências são essenciais.
Em muitas cidades do Entorno, eventos e passeios ciclísticos são organizados regularmente, oferecendo rotas que exploram paisagens urbanas e rurais, incentivando o turismo local e a valorização do patrimônio natural e cultural.
Pedal em Santo Antônio do Descoberto
Em 2012, foi criada a Família Maximus no Pedal, em Santo Antônio do Descoberto, visando unir ciclistas e suas famílias, promovendo saúde, diversão e qualidade de vida. A comunidade tem aproximadamente 4 mil membros nas redes sociais, com uma fanpage no Facebook que alcança 20 mil pessoas.
O fundador do grupo Família Maximus no Pedal, Max Djamys, destaca a falta de infraestrutura adequada para ciclistas como um dos maiores desafios enfrentados. “A ausência de ciclovias bem sinalizadas e em boas condições de conservação, que liguem diferentes pontos da cidade, juntamente com ciclofaixas e ciclorrotas exclusivas para bicicletas, é um problema significativo. Além disso, o desrespeito dos motoristas, que frequentemente enxergam os ciclistas como obstáculos e os espremem no trânsito, ignorando que a bicicleta é um veículo e que nela vai uma vida, agrava ainda mais a situação. É fundamental que as bikes possam ocupar as vias de rolamento”, enfatiza Max.
Muitos anos de pedal em Valparaíso
Em Valparaíso de Goiás, o grupo Tartarugas no Pedal já soma 15 anos de história na promoção e interação entre pessoas, e o contato com a natureza por meio do mountain bike. Com mais de 100 participantes, o grupo organiza trilhas mensais para todos os níveis, incentivando a prática do esporte e a superação de desafios.
Como pioneiro na cidade, o Tartarugas no Pedal inspirou o surgimento de vários outros grupos e promove um estilo de vida saudável. Suas atividades despertam o interesse pela prática de exercícios e a busca pela saúde, com os membros que seguem desbravando novas trilhas.
Wanderlan Luis Ferreira, 58, há 12 anos é membro ativo do Tartarugas e faz parte da coordenação do grupo. O ciclista está concluindo o “Caminho da Fé”, em Aparecida do Norte. O percurso de 300 km pela Serra da Mantiqueira combina estradas vicinais, trilhas, bosques e trechos asfaltados, onde peregrinos de todo o país fortalecem sua fé, superando os desafios do caminho.
Ele afirma que começou aos poucos. “Pedalei 1 km um dia, 2 km no outro, depois 3 km e assim por diante. Com perseverança e determinação, logo você estará pedalando trajetos mais longos e desfrutando das paisagens paradisíacas que o mountain bike oferece. Essa jornada melhora o condicionamento físico e promove saúde, além de proporcionar a oportunidade de conhecer novas pessoas e fazer amizades”, divulga.
O empresário Jamilton do Seca de Deus, após quatro décadas sem pedalar, compartilha sua experiência transformadora com o ciclismo. “Eu acabei de fazer 60 anos, tinha 40 anos que eu não andava de bike e eu pesava 100 quilos. Hoje estou com 86, sem contar na qualidade de vida, que a gente ganha com mais disposição para o dia a dia. O grupo é muito importante para não deixar a gente desanimar. O começo é muito difícil, mas com algumas pessoas do grupo te dando força, o resultado vem. Conhecer lugares e pessoas que antes eu não imaginava conhecer e superar obstáculos que eram inimagináveis”, concluiu o ciclista.
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